Associações entre morfometria de boca e características de desempenho de touros jovens da raça Senepol em prova de eficiência alimentar

Resumo

Animais com melhor eficiência alimentar possuem genes favoráveis para a característica, mas, além disso, considera-se também, teoricamente, que animais com morfometria de boca maiores podem apresentar consumo mais elevado, influenciando na estimação da eficiência do animal. Portanto objetivou-se com este estudo avaliar a ingestão de matéria seca (IMS), a conversão alimentar (CA) e as medidas morfométricas da boca de touros jovens da raça Senepol e suas associações. Foram avaliados 48 touros jovens da raça Senepol, puros de origem (PO), participantes de Provas de Eficiência Alimentar de Touros Senepol realizadas, nos anos de 2016 e 2017, na Vitrine Tecnológica da fazenda experimental Capim Branco da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Na avaliação do desempenho, foram consideradas a IMS e a CA. Realizou-se também a avaliação morfométrica da boca dos animais, Para aferir as medidas largura e altura de boca foi colocado o paquímetro nas partes extremas da boca, tanto na vertical medindo assim a largura e na horizontal indo do ponto abaixo a boca (queixo) até a parte superior do focinho, dando a impressão de abertura da boca, realizando a medição da altura. Para medida de circunferência de boca foi colocado a fita métrica ao redor de toda a extensão da boca do animal, assim aferindo a medida que compreende a circunferência e para a estimação das análises descritivas e dos coeficientes de correlação de Pearson entre a IMS, CA e as medidas morfométricas da boca foi utilizado o programa Statistical Analysis System. A IMS média foi de 10,87 ± 1,22 kg, com valores mínimo e máximo de 7,62 e 13,49 kg. A CA média registrada foi de 5,90 ± 0,95 kg/kg, com valores mínimos e máximos de 3,85 e 8,64 kg/kg e as medidas de morfometria da boca com valores médios de 12,48 cm, 13,52 cm e 47,84 cm, para Altura, Largura e Circunferência de boca, respectivamente. As características de desempenho IMS e CA apresentaram correlação positiva e de média magnitude com altura de boca. Deste modo, espera-se que animais com maior altura de boca apresentem maior IMS. Em relação a correlação com CA os animais possuidores de maior altura de boca tenderam a apresentar maior CA. Desta forma, os animas que tiveram maior consumo mostraram-se menos eficientes, sendo mais onerosos dentro do sistema de produção.