Streptococcus em tilápia-do-Nilo
Resumo
Uma espécie que vem se destacando no Brasil é a tilapia-do-Nilo (Oreochromis niloticus), por sua precocidade, rusticidade e alto desenvolvimento em diferentes sistemas de criação. Objetivou-se descrever sobre o streptococcus em tilápia-do-Nilo. A tilápia obtém uma fácil adaptação ao manejo, alimentação e a clima, por ser uma espécie tropical. O tempo de comercialização pode chegar de quatro meses a um ano, sendo que isso depende de vários fatores, como alimentação, temperatura, qualidade da água e quantidade de animais estocados. A alta procura por consumidores faz com que a criação intensiva desses animais seja caracterizada com uma grande densidade de peixes por metro cúbico, favorecendo assim o aumento de doenças bacterianas. Dentro das espécies streptococcus spp, destaca-se a streptococcus agalactiae, que causam uma maior mortalidade nessa espécie de peixe. Os fatores que favorecem essa contaminação são as baixas condições de qualidade da água, nutrição dos peixes e temperatura da água, pois esses fatores influenciam diretamente no sistema imunológico da tilápia. A infecção ocorre quando a bactéria do peixe contaminado, que pode estar morto ou vivo, moribundo ou aparentemente saudável é liberada na água, podendo assim colonizar em outros peixes. As características externas que demonstram que o animal esta infectado são o escurecimento da pele, curvatura do corpo, natação errática, anorexia, sufusões no opérculo, ulceração da epiderme nas nadadeiras e opacidade de córnea, já na parte interna são por hepatomegalia, encefalomalácia, ascite, esplenomegalia e congestão branquial, sendo que o isolamento dessa bactéria instala frequentemente no encéfalo, rins e fígado, podendo levar o animal a morte. Para livrar a produção dessa bactéria é indispensável os cuidados dentro do sistema de cultivo, sendo disponível hoje no mercado uma vacina comercial Streptococcus agalactiae em peixes, administrada através da via intraperitoneal, fazendo com que tenha um maior sucesso na produção.
