PEQUIAGRO-Projeto de reestruturação da equideocultura no município de Edéia/GO
Palavras-chave:
Ambiência, Saúde, bioética, comportamento e bem-estar animalResumo
A equideocultura possui grande importância econômica e social no Brasil, movimentando média de quatro milhões de empregos diretos e indiretos. A saúde animal, numa visão ampliada, envolve questões relacionadas às enfermidades dos animais, saúde pública, controle dos riscos em toda a cadeia alimentar, assegurando a oferta de alimentos seguros e bem-estar animal. Para assegurar a saúde animal, é necessária a existência de serviços veterinários bem estruturados, capacitados e aptos para detecção e adoção precoce das medidas de controle e erradicação das doenças. Estas, por sua vez, causam prejuízos consideráveis aos proprietários, principalmente, aquelas onde é obrigatória a eutanásia dos animais positivos, como o mormo e a anemia infecciosa equina. Em sintonia com a Organização Mundial de Saúde Animal – OIE, que reconhece os serviços veterinários como um bem público mundial, objetivou-se com a proposta extensionista implantada no ano de dois mil e quinze organizar o setor de equideocultura no município de Edéia e região circunvizinha, devido à sua importância socioeconômica. A proposta se encaixa num momento em que as principais doenças de equídeos e muares voltam a ameaçar rebanhos no Estado de Goiás. Buscou-se, portanto, inserir medidas socioeducativas, através de minicursos e palestras aos produtores/criadores da região, além de abordagens técnicas durante as feiras agropecuárias da região. A inserção do conhecimento sobre sanidade de rebanhos de equídeos na sociedade local e regiões circunvizinhas segue protocolos implantados pela AGRODEFESA, com as atividades de cadastro e manejo dos animais (equinos e muares) de produtores e criadores em suas propriedades num total de mais de cem propriedades alcançadas em dois anos de trabalho, levando a um censo demográfico e consequentemente ao controle das condições sanitárias dos animais e do rebanho como um todo. Conclui-se que, as ações extensionistas desenvolvidas pelos autores tem melhorado a qualidade de vida dos animais nas regiões citadas, além de auxílio no controle sanitário pelos órgãos competentes.