NOVOS HÁBITOS NA ERA DA CONEXÃO: AS ORIGENS DO PENSAMENTO CIBERNÉTICO EM ARQUITETURA
Resumo
O artigo apresenta uma discussão teórica sobre os hábitos de morar urbanos do início da digitalização da arquitetura. Com a inserção das novas mídias digitais e computadores presentes nos espaços de trabalho e rotinas das famílias, a arquitetura hoje encontra-se em uma discussão singular sobre sua existência. Estas novas mídias agregam experiências híbridas do espaço através da matematização, provenientes do protagonismo da máquina de computar como iminente ferramenta de uma sociedade cada vez mais rápida em processos informacionais. O artigo mapeia metodologias, processos e conceitos dos pioneiros deste tema de maneira dialética, adotada como referencial metodológico para os conceitos tanto nos aspectos formais quanto funcionais da arquitetura. O processo investigativo acontece arqueologicamente, entendendo as origens da cibernética aplicada na arquitetura inicialmente na década de 40 com a visão de matemáticos, artistas e teóricos sobre os novos hábitos urbanos influenciados pela nova máquina, chegando ao advento da exploração simulatória tridimensional com uma nova corrente de experiência espacial aumentada virtualmente, frutos da constituição da nova tectônica explorada a partir das décadas de 70 e 90. Todas estas perspectivas são acerca das novas tecnologias computacionais e sua configuração nos hábitos do ser humano, cujas consequências relacionam de maneira bilateral a sólida dialética forma/função aplicadas às abordagens arquitetônicas atuais.