EDIFÍCIO PARTHENON CENTER: O DISCURSO DE UM TEMPLO PARA A DEUSA MODERNIDADE
Resumo
Resguardada a evolução temporal e cultural da humanidade, Goiânia, no decorrer de seu processo de criação e consolidação, revela alegorias que ora a distanciam, ora a aproximam das cidades gregas. Assim pode-se relacionar dois edifícios: O Parthenon de Atenas – dedicado à deusa Atena e o Edifício Parthenon Center de Goiânia. O estudo do contexto urbano imediato ao Parthenon Center faz-se referenciado em Roland Barthes que proferiu o esboço sugestivo para discussões e pesquisas sobre semiologia e urbanismo. A história da arquitetura e da cidade é vista como um texto escrito pelos edifícios marcados pela memória e impregnado de significados. O principal intento é o da leitura desse discurso urbano, restringindo-se ao quadrilátero delimitado entre as ruas 3 e 4, que se estende desde a Avenida Araguaia até a Avenida Goiás, no núcleo histórico central da cidade de Goiânia, em sua conformação atual. Transitando pelos planos diretores a que foram submetidos a cidade, faz-se o resgate da história do edifício e dos componentes que contribuíram para caracterização da área em estudo. A morfologia urbana enunciada por Lamas pressupõe que a compreensão da forma não se resume à percepção dos seus aspectos sensoriais, embora seja evidente a importância dos sentidos e da cultura para a leitura da cidade. A leitura do quadrilátero desse discurso urbano, segundo os elementos da morfologia urbana, reforça a notoriedade do edifício do Parthenon Center no contexto da paisagem em Goiânia enquanto templo erigido para a deusa modernidade.