VOZES DISCENTES
PERSPECTIVAS DISCURSIVAS DE APRENDIZADO E ENSINO REMOTO NA PANDEMIA
Palavras-chave:
Vozes Discentes; Sujeito-discursivo(a); Aprendizado e ensino remotoResumo
No presente artigo, buscamos interpretar os posicionamentos discursivos de discentes sobre o aprendizado e ensino remoto em tempos de pandemia, a partir do aporte teórico da Análise do Discurso (AD) de linha francesa de filiação pecheutiana. Situamos as materialidades discursivas analisadas no campo entre o linguístico e o histórico, e consideramos ainda que esses dizeres se constituem no atravessamento do “já lá”, como afirma Pêcheux (2014). Dito de outra forma, é na inter-relação entre o dito (fio do discurso) e o já dito (fio da memória) que desvelamos os deslizamentos de sentidos e o movimento do sujeito, o que nos move a refletir sobre as discursividades do(a)s discentes no que se refere ao aprendizado e ensino remoto. A questão de estudo aponta os sentidos atribuídos pelos discentes brasileiro(a)s ao ensino remoto e ao aprendizado em tempo de pandemia. Os objetivos específicos se alinham ao objetivo geral para: i) identificar em que formações discursivas os discursos destes sujeitos se inscrevem no contexto imediato; ii) analisar a formação de tais discursos, dado que os eles são sempre constituídos de pré-construídos; iii) compreender a posição-sujeito ocupada pelos enunciadores da pesquisa em sua relação com o real da língua e com o real da história. Este estudo está pautado teoricamente nos conceitos de sujeito discursivo posição-sujeito de Pêcheux (2014) e Orlandi (2012), na concepção vozes e ethos de Maingueneau (2020), no conceito de acontecimento de Orlandi (2015) e Pêcheux (2015), nos conceitos de memória e interdiscurso Pêcheux (2014).