ENTERRAR OS MORTOS

ENTRE CORPOS E MONUMENTOS

Autores

  • Weidila Nink Dias Movimento Psicanalítico Rondônia - Acre

Palavras-chave:

Pandemia, Luto, Psicanálise, Monumento, Espaço público

Resumo

Este trabalho propõe um olhar para o luto e a morte em contexto pandêmico, em que os corpos das vítimas do Covid-19 não puderam ser enterrados pelos familiares com os tradicionais rituais, resultando em um luto coletivizado. Tendo como referência Castillo (2011), Cavas (2012) e Sennet (1997), no que se refere a relação entre sujeito e o espaço público, Freud (2010a; 2010b) e Lacan (1996; 2005; 2008) como concepção do sujeito, do desejo e da perlaboração, e o mito de Antígona, tragédia de Sófocles, pretendemos analisar o luto e a morte discutindo a ereção de monumento em espaço público como lugar de símbolo e de simbolização. Com o impedimento do ritual funerário, com covas coletivas, com caixões fechados, que lugar para a humanização dos corpos? Com essa pergunta no centro, levantaremos reflexões sobre os efeitos da pandemia na produção da subjetividade, reafirmando o compromisso ético com a sociedade, apontando saídas e construindo um lugar para a singularidade.

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Publicado

2021-05-29