DOM CASMURRO NA BIBLIOTECA DE BORGES

Autores

  • Lucianno Di Mendonça Universidade Estadual de Goiás (UEG)
  • Émile Cardoso Andrade Universidade Estadual de Goiás (UEG)

Resumo

A proposição desse artigo é analisar dois expoentes da literatura latino-americana e ocidental: Machado de Assis e Jorge Luis Borges, nas obras Dom Casmurro e A biblioteca de Babel. O recorte será feito sublinhando duas frases: “O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência”, enunciado de Bentinho; e “Por aí passa a escada espiral, que se abisma e se eleva rumo ao infinito”, dita pelo narrador do autor argentino. A partir de uma abordagem metafísica, será destacado o que em Machado estimula sua criatividade a se voltar para o interior do ser humano, bem como, a caracterização psicológica de suas personagens, e quase que invariavelmente, não é uma representação otimista da humanidade. E, buscar elementos em Borges para entender porque, aparentemente, ele vai no caminho inverso: transcender a experiência humana para o inexplicável e o assombro diante da vida, para isso, o autor usa elementos como: infinito, labirinto, abismo, escada espiral, biblioteca e peregrino. Como aporte teórico serão usados: “O realismo e a forma romance”, de Ian Watt; “Alguns aspectos do conto”, de Julio Cortázar; e, “Teoria do conto”, de Nádia Batella Gotlib.

Biografia do Autor

  • Émile Cardoso Andrade, Universidade Estadual de Goiás (UEG)

    Doutora em Literatura (2011) e mestre em Teoria literária pela Universidade de Brasília (UnB), possui graduação Letras Português pela mesma universidade (2002). Professora da Universidade Estadual de Goiás inscrita no POSLLI - Programa de Pós-graduação stricto sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade - Campus Cora Coralina.

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Publicado

2021-05-29