O SILÊNCIO PODE SER ENSURDECEDOR

DISTOPIA E CERCEAMENTO VERBAL EM VOX, DE CHRISTINA DALCHER

Autores

  • Ana Carolina de Souza André Universidade Estadual de Goiás image/svg+xml
  • Éwerton de Freitas Ignácio Universidade Estadual de Goiás image/svg+xml

Palavras-chave:

Distopia, Isoginia, Vox, Christina Dalcher

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar o romance Vox, da escritora Christina Dalcher, com a proposta de fazer uma leitura distópica desta narrativa, ambientada nos Estados Unidos em um futuro não muito distante, em que as mulheres são proibidas de falar mais do que 100 palavras por dia e de trabalhar fora de suas casas. Ao acentuar uma visão pessimista de mundo, típica das narrativas distópicas, que projetam possibilidades aterrorizantes, Dalcher imagina como seria uma sociedade governada por uma visão patriarcal cristã onde todos os direitos de liberdade da mulher foram retirados, e com isso o país é representado por um desenho político e social cujo principal aspecto ressalta o cerceamento dos direitos mais básicos das mulheres: o de escolher os seus próprios destinos. Para compreender a representação distópica, utilizo Jacoby (2007), Ferns (1999), Szacki (1972), Mannheim (1950) e Perrone-Moisés (2021). Já para analisar a misoginia na sociedade ocidental, o artigo utiliza a discussão feita por Beauvoir (2019).

Biografia do Autor

  • Ana Carolina de Souza André, Universidade Estadual de Goiás

    Licenciado em Letras. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Língua, Literatura e Interculturalidade – POSLLI/UEG. Email: carolinaandresouza@gmail.com.

  • Éwerton de Freitas Ignácio, Universidade Estadual de Goiás

    Doutor em Letras. Docente do Programa de Pós-Graduação em Língua, Literatura e Interculturalidade – POSLLI/UEG  Email: ewerton.ignacio@ueg.br.

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Publicado

2023-09-30

Edição

Seção

Trabalho completo