VARIÁVEL OBJETO DIRETO DE TERCEIRA PESSOA

PERCEPÇÕES DE DOCENTES DE LÍNGUA PORTUGUESA DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Resumo

Percebe-se que tanto a língua quanto as percepções linguísticas são variáveis e isso está relacionado a questões de ordens linguísticas, identitárias e culturais. Ademais, é inegável que o ensino normativo/prescritivo influencia diretamente em percepções negativas em relação a variantes que se distanciam do que é posto pelas gramáticas normativas. Além disso, é nítido que as crenças e atitudes linguísticas de docentes de Língua Portuguesa (LP) influenciam nas crenças e atitudes linguísticos dos alunos. Diante disso, o objetivo geral desse trabalho é compreender as crenças e atitudes linguísticas de professores de LP sobre a variável morfossintática objeto direto de terceira pessoa (essa variável possui quatro variantes no Português Brasileiro: clítico acusativo - CA, pronome lexical - PL, sintagma nominal - SN e objeto nulo - ON) em três contextos distintos de fala e escrita. Para isso, a pesquisadora da presente pesquisa solicitou aos professores para responderem um teste de percepções sobre as quatro variantes da variável em questão em um contexto de fala formal (áudio enviado no grupo da família no Whatsapp), intermediário (vídeo no youtube), formal (entrevista na televisão) e em um contexto de escrita informal (conversa escrita no Whatsapp), intermediário (retextualização do conto “A baleia”) e formal (trecho de notícia). Os resultados comprovam que, na maioria das vezes, os professores forneceram nota máxima (excelente) para as variantes CA e SN e nota mínima (ruim) para a variante PL.