“NO MEU TEMPO É QUE ERA BOM”
UMA PERSPECTIVA FOUCAULTIANA SOBRE NOVAS MASCULINIDADES NO FUTEBOL PROFISSIONAL
Palavras-chave:
Foucault, Masculinidades, Copa do Mundo, Análise Discursiva, Discurso.Resumo
A construção de sentidos sobre um “novo homem”, que lida com diversos afazeres e se preocupa consigo mesmo, cria um panorama sobre diversas práticas discursivas que estiveram, por muitos anos, relacionadas a um discurso de que o homem deveria se comportar de uma maneira específica. Esse novo sujeito, ao desconstruir a imagem patriarcal e machista mantida por diversos anos, também constitui uma nova forma de olharmos as práticas às quais estão conectados e de compreendermos como em um mundo neoliberal, capitalista e globalizado, em que o individualismo é exponencialmente mais forte e em que a relação entre sujeito e poder é exaltada, essa nova configuração prática possa surgir. No entanto, nota-se que a mudança perante a enunciação sobre as "masculinidades" toma uma perspectiva pancrônica, no sentido de que o discurso é sempre construído por uma perspectiva social. Desse modo, tomados por uma perspectiva foucaultiana, nesse artigo procuramos compreender os processos que permeiam o termo “masculinidade” na mais recente Copa do Mundo de Futebol (2022), de maneira a articularmos reflexões críticas. Para isso, pautados sob a seguinte indagação: de que maneira, com base nas recentes atuações das práticas futebolísticas em um panorama mundial, as masculinidades são enunciadas/formuladas? Voltamos o nosso olhar para cinco (5) publicações vinculadas a diferentes instituições jornalísticas, de modo a entendermos como acontecimentos e práticas discursivas enunciadas colaboram e colaboraram para a produção de efeitos saber-poder sobre as "masculinidades", enquanto um termo discursivo e uma prática social.