A LITERATURA COMO FUNÇÃO PSICOLÓGICA E A TRANSFORMAÇÃO DO LEITOR POR MEIO DE INFERÊNCIAS

Resumo

É perceptível que o ensino literário possui uma situação-problema no contexto da escolarização, pois há uma carência da maneira de o explorar e também sua funcionalidade na formação do indivíduo para a sociedade. Partindo da premissa de que a Literatura é um direito de todos, conforme propõe Antônio Candido, neste estudo, discute-se o processo de formação do leitor considerando a realidade do ensino literário na escola. Ressalta-se que esse, precisa ser modificado para que haja mais interesse e empenho na sua investigação. Nesse contexto, este trabalho destaca algumas funções da literatura capazes de promover ascensões que posicionam o leitor sobre os direitos humanos da literatura e na sociedade como um todo. Essa, pode se manifestar de maneira plural independente qual for a cultura do indivíduo A obra Quarto de Despejo de Carolina Maria de Jesus, é ponto de partida para esta análise, pois nela, é manifesto o poder de transformação do real em imaginação a partir da literatura, nela o ser humano abre sua mente para sonhar, mesmo que inconscientemente, mas de forma crítica. Para explorar essas nuances, algumas teorias são fundantes como: Candido (1995), que trata em detalhes do processo humanizadores da literatura; Eco (2003) por articular as funções da literatura para com o ser humano; Compagnon (2009) que, investiga e explica que a literatura é instrumento de luta e, por meio dela, o indivíduo pode construir autonomia e liberdade. Sendo assim, à luz dessas teorias, consolidar algumas capacidades que o fazer literário tem sobre o indivíduo.