CORPOTERRITORIALIZAÇÃO
DOCUMENTÁRIO FALAS DA TERRA ELIVRO WEIYAMÎ – MULHERES QUE FAZEM SOL
Palavras-chave:
Indígena, Corpoterritorialização, Poesia, DocumentárioResumo
Este artigo visa investigar a correlação do documentário Falas da Terra (2024) e do livro Weiyamî – Mulheres que fazem sol (2022), utilizando um exercício dos estudos comparados. A pesquisa propõe uma revisão da literatura que aborda conceitos, teorias e perspectivas relacionadas aos indígenas brasileiros, explorando temas, símbolos, metáforas e linguagem utilizados por Sony Ferseck e pela direção do documentário, em suas expressões artísticas. Assim, buscar-se-á identificar e compreender a corpoterritorialização trabalhada nas obras citadas. Para embasar essa investigação, serão utilizadas teorias, como as de Márcia Kambeba (2020) e Ailton Krenak (2019), entre outros, que abordam a construção das estruturas sociais de poder e, além disso, a teoria da imagem, descrita por Alfredo Bosi (2000), para delinear a capacidade da poesia de Ferseck em criar imagens simbólicas que impulsiona o ser indígena.
Referências
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