DISTOPIAS FEMINISTAS

A OPRESSÃO SEXUAL COMO RETRATO DO HORROR EM O CONTO DA AIA E OS TESTAMENTOS, DE MARGARET ATWOOD

Autores

  • Kely Silva de Carvalho Universidade Federal de Goiás

Palavras-chave:

Distopia, Patriarcado, Violência

Resumo

Este artigo analisa os romances distópicos O Conto da Aia (1984) e Os Testamentos (2019), da escritora canadense Margaret Atwood, interpretando e ressaltando as características que fazem das obras parte da tradição distópica do fazer literário. À luz da perspectiva dos estudos feministas e da crítica literária de orientação feminista, aqui eu penso os dois livros enquanto uma distopia que utiliza da opressão sexual estabelecida pelo patriarcado para criar este mundo fictício que encontra ressonâncias em nossa própria realidade vivida. Desta forma, o trabalho pretende analisar os aspectos fundantes do gênero distópico, descrevendo a formação e as principais características que definem este modo literário. A pesquisa em desenvolvimento é qualitativa de cunho bibliográfico, para isso, a obra foi analisada e interpretada tendo por base a leitura de autores como Tom Moylan (2000), Lyman Tower Sargent (1994), Ildney Cavalcanti (2003), Gerda Lerner (2020) e  Maria Varsam (2003).

Biografia do Autor

  • Kely Silva de Carvalho, Universidade Federal de Goiás

    Kely Silva de Carvalho (kelyscarvalho@gmail.com) é mestranda da Pós-Graduação em Letras e Linguística da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás, área Estudos Literários. Graduada em Letras - Inglês pela Universidade Federal de Goiás. Foi bolsista do PIBID no subprojeto Letras - Inglês. Formada no curso de comunicação social - Audiovisual pela Universidade Estadual de Goiás e especialista em Patrimônio, Direitos Culturais e Cidadania pela UFG.

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Publicado

2025-03-12