PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM POPULAÇÃO ADULTA ATENDIDA EM UMA ESTRATÉGIA DA SAÚDE DA FAMÍLIA EM CERES-GOIÁS

Autores

  • Gabriela Marques Pereira Mota
  • Suelen Marçal Nogueira

Resumo

Introdução: As Doenças Cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte e incapacidade no Brasil e no mundo e os Fatores de Risco (FR) têm sido apontados como os verdadeiros responsáveis por essas doenças. Especialistas afirmam que esses fatores consistem em eventos socioeconômicos, ambientais, genéticos, em condições da comunidade e nas ações comportamentais de cada indivíduo. Contudo, há autores que enfatizam a necessidade de promover medidas que diminuam os fatores comportamentais que podem ser modificados por meio de estratégias simples e de baixo custo, revertendo mais de 70% dos casos de DCV. Os fatores de risco modificáveis estão relacionados a hábitos de vida não saudáveis, sendo eles: Hipertensão Arterial Sistêmica, glicemia elevada, inatividade física, sobrepeso e obesidade, colesterol alto, alcoolismo, tabagismo e baixo consumo de frutas, legumes e verduras. Objetivo: Diante disso, o objetivo deste estudo foi estimar a prevalência dos fatores de risco para Doenças Cardiovasculares em população adulta atendida em uma Estratégia da Saúde da Família na cidade de Ceres, Goiás. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo de delineamento transversal, desenvolvido na área de abrangência de uma ESF na cidade de Ceres-Go. A população da pesquisa foi composta por moradores da zona urbana com cadastro na ficha A da ESF escolhida, com idade entre 20 e 75 anos. Resultados e Discussão: Dos 180 participantes 124 (68,9%) são do sexo feminino e 56 (31,3%) do sexo masculino, a média de idade foi de 44,87(+ 15,79) anos, 31,11% dos participantes tinham o ensino médio completo e a maioria considerava-se parda (43,33%) ou branca (42,74%). Quando questionados a respeito de sua saúde cardíaca, 78,22% das mulheres e 67,8% dos homens afirmaram se preocupar com a saúde do coração, porém 81,66% apresentaram 2 ou mais FR modificáveis para DCV com maior prevalência entre as mulheres (58,87%). Isso indica que, apesar da população se preocupar com a saúde cardíaca, permanece com hábitos de vida não saudáveis. Esses altos índices de associação de FR aumentam as chances de um evento cardiovascular. Utilizou-se PROCAM Quick Check para avaliar o risco cardiovascular (probabilidade de uma pessoa sofrer um Infarto do Miocárdio ou morte por doença cardíaca nos próximos 10 anos), 5,68% dos entrevistados foram classificados com alto risco e a maior prevalência foi entre o sexo masculino (12,50%). Conclusão: A maioria dos entrevistados possui acúmulo de FR modificáveis para DCV e apesar de poucos possuírem alto risco para um evento cardiovascular nos próximos 10 anos, é necessário a implantação de programas de prevenção que abordem múltiplos fatores intervindo não apenas em pessoas que já apresentam indícios da doença, mas também, na população assintomática com hábitos de vida prejudiciais à saúde cardíaca.
Palavras Chave: Fatores de Risco Cardiovasculares; PROCAM; Prevenção.

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Publicado

2014-11-18

Edição

Seção

Saúde