CARACTERIZAÇÃO BIOMÉTRICA E FENOLÓGICA DE CAJU ARBÓREO DO CERRADO (Anacardium othonianum Rizz.)

Resumo

Introdução: O Cerrado constitui-se na segunda maior formação vegetal brasileira, porém a expansão agrícola do Brasil tem desprezado o potencial de uso das espécies nativas desse bioma. Dentre essas espécies destaca-se atualmente o caju (Anacardium othanianum Rizz) (VIEIRA et al., 2010). Objetivo: Diante disso, o presente trabalho tem por objetivo avaliar o comportamento vegetativo e produtivo do caju arbóreo do Cerrado, em condições de campo e obter maiores informações sobre a sua fenologia. Metodologia: O arboreto foi instalado na área experimental do Instituto Federal Goiano - Câmpus Ceres. As plantas foram dispostas em quatro quadrantes espaçadas aleatoriamente. O plantio foi realizado em janeiro de 2012. Foram selecionadas 20 plantas ao acaso, das quais foram coletados os dados propostos nesta pesquisa. Realizou-se todos os tratos culturais necessários, como o controle de formigas e plantas invasoras. As variáveis avaliadas foram: altura total da planta, altura da primeira bifurcação, diâmetro do caule a 5 cm do solo, diâmetro da copa, número de folhas, número de flores, número de botões florais e número de frutos.Resultados e discussão:Tabela 1. Valores médios, mínimos e máximos (por planta) e coeficientes de variação fenotípica (CV%) de caracteres de cajueiro avaliados em campo – Ceres, GO.ValoresALTIALTFTCALTCIAICCFTCCCDIACIDIACFTCDCMédia1,982,1410,2624,1828,302,8151,791,845,95Mínimo1,001,101,508,008,000,5000,450,45-48,00Máximo3,103,5030,0083,0083,0027,003,503,5037,50CV (%)33,8435,7771,3062,7668,50230,5050,0448,40371,30ALTI: Altura inicial (m), ALTF: Altura final (m), TCALT: Taxa de crescimento da altura (cm/mês), CIAI: Circunferência do caule inicial (cm), CCF: Circunferência do caule final (cm), TCCC: Taxa de crescimento da circunferência do caule (cm/mês), DIACI: Diâmetro da copa inicial (m), DIACF: Diâmetro da copa final (m) e TCDC: Taxa de crescimento da diâmetro da copa (cm).Conclusão: O cajueiro não apresentou floração no primeiro mês de avaliação, sendo que nos meses seguintes apenas algumas plantas apresentaram botões florais, com alta variação na produção entre elas e entre os meses. Esses resultados corroboram com os encontrados por Belo (2013) que verificou a maior emissão de flores no período de junho a agosto.