Ultramontanismo, reforma e romanização: uma breve discussão conceitual
Palavras-chave:
Igreja Católica, Modernidade, Goiás, UltramontanismoResumo
Resumo: O que mais frequentemente encontramos na historiografia brasileira sobre o movimento ultramontano refere-se à sua interpretação como um “movimento reformador” ou, em outros casos “romanização”. Neste sentido, diversos autores que compartilham tal definição atestam que as mudanças ocorridas na Igreja Católica após o Congresso de Viena, especialmente na segunda metade do século XIX, constituem-se em reformas internas que visavam à sobreposição do poder espiritual sobre o temporal, bem como a moralização do clero, através da intolerância religiosa e o combate à religiosidade popular que por ventura se encontrassem fora dos padrões eclesiásticos romanos. Por outro lado, historiadores como Sérgio Ricardo da Mata, têm recusado definir o ultramontanismo como “reforma”, pensando-o muito mais como uma verdadeira reação (no sentido estrito que o termo ganhou após 1815) à modernidade em consolidação na Europa. Em face disso, a proposta da presente comunicação é discutir os termos e conceitos que enredam o movimento ultramontano na historiografia brasileira, de modo a se pensar o contexto do movimento na Europa e sua adaptação no Brasil.
Palavras-chave: Igreja Católica. Modernidade. Goiás.