O SANTO QUE NÃO É SANTO E O INIMIGO NÚMERO UM DA REPÚBLICA

Autores

  • Evellyn da Silva Dutra Universidade Estadual de Goiás

Palavras-chave:

Revolta do Juazeiro, Canudos, messianismo, Racismo, Catolicismo

Resumo

Este trabalho objetiva responder à questão: como as representações (imagens e principais fontes) de duas revoltas interferiram na concepção que hoje se tem acerca de Padre Cícero, que no Nordeste é considerado um santo, e Antônio Conselheiro que foi tido como um inimigo da recém fundada República Brasileira? Antônio Conselheiro foi líder de Canudos, comunidade formada por pessoas pobres que viviam de forma comunitária, e que na imprensa os julgavam como monarquistas que queriam acabar com a recém fundada República. Já Padre Cícero foi líder da Revolta (ou Sedição)[1] de Juazeiro que contraria o presidente da época, que queria pôr fim ao coronelismo muito presente na política brasileira. Em Os Sertões, Euclides da Cunha faz uma discussão sobre o homem do sertão, ele defende que a mistura das raças e a caatinga transformou, de alguma forma, o homem daquela região. Nas imagens contidas no livro percebemos majoritariamente pessoas negras. Talvez esse racismo científico presente em uma das principais fontes sobre Canudos já nos delineia uma das possíveis respostas para a questão inicial. A metodologia utilizada será análise de fontes e revisão bibliográfica. De referência teórica utilizarei Pierre Bourdieu e suas contribuições para a sociologia da religião.

 

Biografia do Autor

  • Evellyn da Silva Dutra, Universidade Estadual de Goiás

    Graduanda em História pela Universidade Estadual de Goiás

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Publicado

2024-02-08