TER E NÃO SER DONO: NAS PONTUAÇÕES DE EDUARDO GALEANO NA OBRA AS VEIAS ABERTAS DA AMÉRICA LATINA
Resumo
Os homens em seu cotidiano estão sujeitos as mudanças, assim, como às continuidades, e somos nós os herdeiros do que a história resguarda ou revela do passado que ousamos dizer que nos pertence. Conforme a discussão de Eduardo Hughes Galeano (1971) no livro As veias abertas da América Latina; que propomos analisar. É possível compreender a história da América Latina ao longo do processo de conquista, que não se findou com a decadência do período colonial, mas as explorações permaneceram sendo que as alterações ocorreram essencialmente nos mecanismos dominantes e na mudança dos exploradores, já que as disparidades foram constituídas ao longo da história com as riquezas extraídas das Américas que não retornaram, mas que os nascidos destas terras receberam como moeda de troca a interferências grotescas e a riqueza usurpada. O que nos instigam a pensar as mudanças que ocorreram na América Latina, os resquícios do passado, as percepções que podem ser apreendido do estudo mais afundo da realidade e a América Latina cuja história não se desassocia da história mundial, cravada em seu seio a partir do século XV. Nas considerações de Eduardo Galeano o presente não se encontra livre das sombras do passado, cujas veias estiveram e permanecem dilatadas, cabendo a nós questionar como e o porque.