Afeções de umbigo em pintos caipiras incubados artificialmente

Autores

  • Yan de Melo Correia
  • Vitor Hugo de Jesus Brasil
  • Keyla Silvanele Ruivo Gomes
  • Natalia Lemes Ribeiro Caetano
  • Fernanda Rodrigues Taveira Rocha

Resumo

A incubação de ovos caipiras é pouco adotada pelos produtores devido às escassas informações sobre a técnica, períodos e temperaturas adequadas para o armazenamento durante a fase de pré-incubação, aliados à deficiência no controle sanitário da criação caipira, que acarretam em doenças que que acometem o pinto neonato. Uma das principais causas de mortalidade em pintos na primeira semana de vida é a onfalite, doença de etiologia bacteriana caracterizada pela inflamação do umbigo, com alteração do saco da gema. Os sinais clínicos principais consistem em cabeça baixa, abdômen edemaciado e apatia. A fonte de infecção é mais comumente o ambiente externo. O umbigo aumenta de volume com exsudato material caseoso ou seco. Em casos mais graves o saco da gema pode conter exsudato de coloração enegrecida. Microscopicamente, a parede do saco vitelino possui uma camada de células inflamatórias e heterófilos necróticos. A doença está relacionada com a temperatura e umidade inadequadas na incubadora, bem como com o manejo e higiene dos ovos, durante a coleta, armazenamento e estocagem. Umidade elevada e baixas temperaturas no terço final da incubação podem levar ao mau fechamento do umbigo e presença do cordão umbilical seco anexado, e elevadas temperaturas causam os “botões negros”. Tornam-se necessárias adotar medidas de higiene no processo de incubação, a fim de minimizar a contaminação dos ovos, bem como monitorar a temperatura, e umidade da incubadora, para que se produzam aves com qualidade e saudáveis ao final do processo de incubação, e se estabeleçam padrões e informações para a criação caipira de pintos de um dia.

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Publicado

2022-07-04