Criocirurgia no tratamento de edemas e laminite
Resumo
A criocirurgia, também conhecida como crioterapia, leva à vasoconstrição por aumento da atividade neurovegetativa simpática e por ação direta do frio nos vasos sanguíneos, causando relaxamento muscular em decorrência da redução da atividades musculares, junção neuromuscular, velocidade de condução dos nervos periféricos e redução da atividade muscular reflexa. Para obtenção de efeitos terapêuticos, a temperatura da pele deve reduzir para aproximadamente 13,8°C, para que ocorra a diminuição ideal do fluxo sanguíneo local e para 14,4°C para que ocorra analgesia. A redução do edema, pode ser atribuída a vasoconstrição imediata das arteríolas e vênulas, o que reduz a circulação até a área, portanto, reduz o extravasamento sanguíneo. O frio (nitrogênio) é utilizado nas fases iniciais do pós-operatório, com a intenção de conter o edema. Os banhos de contraste consistem na combinação do uso do calor e da crioterapia. Possuem intenso efeito vasomotor, sendo indicados quando objetiva-se efeito analgésico maior e resolução mais acentuada do edema. Nos processos de rigidez articular o frio não é bem tolerado. Este tratamento, para ter resultado deve ser realizado periodicamente, em tempos específicos, como no máximo 20 minutos, para a pele não queimar. Este procedimento deve ser feito sempre de forma monitorada e acompanhada por um especialista, até que ocorra uma melhora do quadro clínico do animal. Sessões de fisioterapia e uso de fármacos específicos, costumam ser adicionados geralmente a estes tratamentos, gerando excelentes resultados. Este método terapêutico tem como finalidade proporcionar certo grau de analgesia, diminuir o metabolismo local, levando a uma resposta vascular, de modo a diminuir a chegada dos mediadores do processo inflamatório aos tecidos. A crioterapia foi instituída com o intuito de prevenir ou minimizar o processo inflamatório. A laminite é uma doença inflamatória das lâminas internas do casco, que acarreta degeneração de estruturas de sustentação da terceira falange. A doença possui três fases, de acordo com a sua evolução: a fase de desenvolvimento, a fase aguda, e por fim, a fase crônica. Para que o método apresente resultado satisfatório, é necessário o conhecimento sobre a técnica e o uso de equipamentos adequados, buscando uma resposta eficiente.