Enriquecimento ambiental para gatos domésticos
Resumo
Acredita-se que a domesticação do gato (Felis catus) tenha originado no Egito Antigo, onde a concentração de roedores próximo a população tenha atraído gatos selvagens e a interação com o ser humano tenha dado início ao processo. Características como a predação, exploração e independência observada nos felinos domésticos derivam dos seus ancestrais, entretanto, o atual modo de vida dos humanos contribuiu para privação/alteração de alguns comportamentos inatos destes animais. A redução do espaço territorial, o modo de disponibilizar alimento e a própria disposição dos componentes do local de convívio do gato proporciona redução do seu comportamento natural, podendo acarretar distúrbios comportamentais e fisiológicos, sendo alguns deles o estresse, a agressividade, o sobrepeso e diversas patologias. Entendendo a necessidade natural da espécie felina, o enriquecimento ambiental surge como ferramenta para proporcionar ambiente complexo que permita melhorias fisiológicas e psicológicas aos animais. Compreende-se por enriquecimento ambiental as modificações realizadas em um ambiente a fim de elevar o bem estar animal. No caso de gatos domésticos, pequenas ações contribuem para melhoria da qualidade de vida e comportamento. Instalar prateleiras nas paredes, disponibilizar alimentos em locais que estimulem o animal à caça, brinquedos que se movem ou reproduzam sons e utilização de fontes de água propiciam efeitos significativos. Assim, o enriquecimento ambiental juntamente com o conhecimento acerca do comportamento natural da espécie possibilita melhor qualidade de vida tanto no âmbito comportamental quanto de sanidade.