Esporotricose em equinos
Resumo
A esporotricose é uma afecção cutânea que pode levar a várias alterações no organismo do animal e lesões ulcerativas na pele. O Objetivo desse estudo foi relatar caso de um equino diagnosticado com esporotricose e o tratamento utilizado. O animal foi atendido na CLINVET-IUESO, das Faculdades Objetivo, em Goiânia, Goiás. Tratava-se de um equino, fêmea, sem raça definida (SRD) com idade aproximada de 14 anos, pesando 300 kg. No exame clínico geral, o animal apresentou parâmetros normais das funções vitais para a espécie, mucosas levemente hiperemias, pelos e pele ressecados, tosse e secreção mucosa visualizada nas narinas. No exame físico específico do sistema locomotor, observou- se claudicação nos membros pélvicos, devido às lesões presentes na região do boleto e talão. Evidenciaram-se lesões dermatológicas com múltiplas granulações na região plantar-distal do metatarso até os talões, com sensibilidade dolorosa aparente, odor fétido e secreção. O diagnóstico confirmatório foi feito através da cultura fúngica de material coletado da ferida. O tratamento consistiu na utilização de solução fisiológica nas áreas afetadas, associada à clorexidine 2%, pomada de uso tópico à base de gentamicina, proteção com compressa e atadura. Sistemicamente administrou-se o iodeto de potássio 40 mg/kg numa dose de 15g via oral durante 90 dias, apresentando melhora razoável no aspecto das lesões. Mas pelo avançado estágio da patologia e gravidade do quadro clínico, o animal não teve resposta ao tratamento. Então optou-se pela eutanásia e posterior realização da necropsia. Por fim, conclui-se que a esporotricose é uma doença de difícil diagnóstico em casos crônicos na espécie equina e seu prognóstico varia pelo estágio da doença e tipo de lesão acometida. A prevenção e profilaxia são realizadas por meio de medidas sanitárias que diminuam os riscos de transmissão do agente, como evitar a presença de felinos nos estabelecimentos com produção de equinos e aglomerações de animais em áreas de risco.