Principais doenças infecciosas que causam aborto em bovinos
Resumo
O motivo da morte prematura dos embriões é muito variável entre doenças de origem orgânica, problemas hereditários, infecções e deficiências nutricionais. Dentre as enfermidades causadoras desse tipo de problemas podem citar a Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR) que é uma doença infecciosa causada por um vírus denominado Herpesvírus Bovino, sendo um membro da família Herpesviridae. É característico o abortamento no segundo e terceiro trimestres de gestação e eficiência reprodutiva reduzida. Outro agente infeccioso é um Pestivirus da família Flaviviridae que causa a Diarreia Viral Bovina (BVD) os principais sinais de BVD são o aumento de vacas em anestro, abortos e nascimento de crias muito fracas. Já a Brucelose é uma enfermidade infectocontagiosa, causada por bactérias do gênero Brucella. Resulta em prejuízos econômicos significativos aos sistemas de produção e sérias implicações em saúde animal e pública, visto seu caráter zoonótico. A evolução do processo inflamatório causada pela bactéria leva a lesões necrótico-inflamatórias na placenta além de lise das vilosidades, resultando no descolamento dos cotilédones; prejuízo na circulação materno-fetal, dificultando e até mesmo impossibilitando a passagem de nutrientes e oxigênio da mãe para o feto, provocando assim danos. A leptospirose é uma antropozoonose de alta prevalência em países de clima tropical. É causada por bactérias do gênero Leptospira spp. Para a espécie bovina a leptospirose assume grande importância econômica, pois afeta profundamente os aspectos de produção. Os sinais clínicos são variados. Dessa forma, alguns indivíduos podem estar assintomáticos ao mesmo tempo em que outros sinalizam febre, nefrite e mastite; repetições de cio, infertilidade, abortos, nascimento de bezerros fracos, decréscimos na produção de leite e carne. Apesar da sua importância, a leptospirose bovina não é de notificação compulsória no Brasil e nem submetida ao controle organizado pelos órgãos e entidades públicas de sanidade animal. O manejo adequado e a vacinação do rebanho são de estrema importância para controle dessas doenças que além de acarretar prejuízos podem ocasionar riscos aos seres humanos.