Síndrome da Disfunção Cognitiva em cães
Resumo
Com o aumento na expectativa de vida dos animais de estimação devido a avanços na Medicina Veterinária, houve o surgimento de doenças que antes não eram estudadas ou que eram desconhecidas. Como é o caso da Síndrome da Disfunção Cognitiva em Cães (SDCC), também conhecida como Alzheimer Canino. A SDCC é uma condição neurodegenerativa que atinge cães geriátricos, com idade superior a sete anos, prejudicando as funções cognitivas levando os animais a apresentarem alterações comportamentais. Ressalta-se que a SDCC não se deve a neoplasias cerebrais, doenças parasitárias ou infecciosas ou a falha de algum órgão ou sistema. A prevalência da SDCC é, de acordo com a literatura, de 15 a 28% entre cães com idade de entre 11 a 12 anos de idade, aumentando para 43 a 68% para cães com idade superior aos 15 a 16 anos. O diagnóstico deve-se ater aos sinais clínicos, que geralmente são subjetivos; e dependem da observação do tutor e da interpretação do médico veterinário, que compreendem na maioria das vezes: distúrbios de sono e higiene, mudanças no comportamento com pessoas conhecidas, vocalização em excesso, não reconhecer o local onde vive e vozes de comando e dificuldade de aprendizado, o diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento dos sinais clínicos. Não existe tratamento definitivo para SDCC, porém é possível tratar os sinais clínicos, indicado somente se estes estiverem prejudicando o bem-estar do animal, sendo feito através de terapias medicamentosas ou até mesmo com homeopatias, como a aromaterapia e a acupuntura. Portanto a SDCC é uma patogenia muito importante no cenário da neurologia veterinária atual, devendo ser estudada mais profundamente para a obtenção de tratamentos eficazes para os pacientes.