Os limites da história entre mỷthos e estrutura.

Autores

  • José Oliver Faustino Barreira IFB

Resumo

Resumo: Referindo-se à história como um método sem objeto, Lévi-Strauss aponta o caráter paradoxal do conhecimento histórico, isto é, conhecimento que não descreve e analisa as leis de seu objeto. Reduzindo a história ao relato do particular, Aristóteles declara a inconsistência da narrativa histórica incapaz de produzir um objeto literário segundo as leis da necessidade e da verossimilhança. A história trata das coisas que sucederam, isto é, diz o particular, pois não propõe tipos, modelos, nem extrai de sua narrativa significados universais. Significante comum a ambos, a história em Aristóteles adquire seu significado a partir do modelo narrativo da poíēsis trágica: mỷthos e mímesis. Em Lévi-Strauss, o significado da história é recolhido segundo o grau de cientificidade do método estrutural. Deduzindo regularidades e demonstrando a universalidade de modelos ou de sistemas comunicativos e de classificação, Lévi-Strauss reencontra o homem antes da história, isto é, nas leis e operações inconscientes que formam o repertório da humanidade. Não obstante as diferença há um ponto em que as duas críticas se comunicam: a fragilidade ontológica e epistemológica da história. Pontos de partida não semelhantes, mas resultados que se aproximam, portanto.

Palavras-chave: Estruturalismo, Poética, História.

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Publicado

2014-09-12

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Artigos