O QUE PENSAM MENINOS E MENINAS SOBRE OS BRINQUEDOS: INFLUÊNCIA DOS ESTEREÓTIPOS DE GÊNERO

Autores

  • Sonia Bessa Universidade Estadual de Goiás, Campus Formosa, Formosa, Goiás, Brasil
  • Merele Lima Camilo Universidade Estadual de Goiás

Resumo

É de suma importância pensar a prática educativa de forma reflexiva considerando que o modo como a criança vive sua infância é um fator determinante em suas escolhas futuras. Pensando em analisar a função socio cultural do objeto brinquedo e sua influência na perpetuação dos estereótipos pertencentes ao gênero masculino e feminino foi proposta uma pesquisa envolvendo 39 crianças de escolas municipais de Formosa-GO, a fim de descobrir o que elas pensam sobre o brinquedo. São crianças do sexo masculino e feminino com idade entre 4 e 7 anos. Foram colocados três brinquedos diferentes diante da criança (boneca, carrinho e um boneco do personagem Hulk) então foi-lhe solicitado que mencionasse qual daqueles brinquedos parecia-lhe o mais legal, seguido de qual gostaria de ter. As preferências de brinquedos dos meninos parecem mais estereotipadas em comparação com as meninas. Nenhum menino preferiu brinquedo “socialmente aceito como de menina”, enquanto algumas meninas escolheram brinquedos “socialmente aceitos como de menino”. O comportamento das crianças, parece revelar a presença marcante dos estereótipos de gênero. 86,8% das crianças presenteariam a irmã com a boneca e somente 13% com outro tipo de brinquedo. Evidencia-se a presença do estereótipo de gênero, visto que, por mais que não considerem a boneca como o brinquedo mais legal ou aquele que gostariam de ter, ao vê-la, a maioria não imaginou outra possibilidade para a irmã ou o carinho e o boneco para o irmão. São representações fortemente arraigadas no imaginário de crianças que ainda não chegaram aos 8 anos.

Biografia do Autor

  • Sonia Bessa, Universidade Estadual de Goiás, Campus Formosa, Formosa, Goiás, Brasil

    SONIA BESSA é doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, pós-doutora pela Universidade Federal do Triangulo Mineiro UFTM. Professora efetiva da  Universidade Estadual de Goiás - UEG. Atua como docente do curso de Pedagogia.  Membro do Laboratório de Psicologia Genética da Unicamp.

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Publicado

2019-02-14