NÍVEIS DE ALFABETIZAÇÃO: UMA ANÁLISE DAS HIPÓTESES DE ESCRITA DO JARDIM II E DO 1º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Resumo

Esse artigo com aporte na psicogênese da língua escrita proposta por Emília Ferreiro com referência na psicologia genética teve como objetivo analisar os níveis e as hipóteses de escrita das crianças de duas turmas de jardim II de duas turmas de 1º ano do Ensino Fundamental, de escolas pública e particular no município de Formosa-GO. Foi aplicada uma sondagem escrita: uma metodologia que o professor utiliza para identificar em que fase da alfabetização os alunos se encontram quanto à escrita alfabética. Participaram 63 crianças do 1º ano e Jardim II do ensino fundamental de escola particular e municipal da cidade de Formosa-GO. Os níveis de alfabetização encontrados apresentam uma acentuada diferença significativa, quando se comparam os dois tipos de escola (pública e particular). Dos 55,6% de estudantes de nível pré-silábicos 52,4% estão na escola pública e somente 3,2% estão na escola particular. No nível alfabético ocorre uma inversão, dos 34,9% de estudantes nesse nível 31,7% são da escola particular e somente 3,2% são da escola pública. Os dados mostram que os estudantes com o nível alfabético, que é considerado o mais avançado, estão predominantemente na escola particular. Essa investigação abre discussão para o papel da solicitação do meio como mecanismo capaz de dirimir essa diferença e garantir a todas as crianças o direito à educação.