NÃO VIOLÊNCIA E APRENDIZAGEM: utopia ou análise crítica?

Resumo

O horror causado pelas experiências das duas grandes guerras ocorridas no século passado levou pensadores, sobretudo europeus, a se perguntarem se a Paz não poderia ser construída por meio da educação. Ao ser recomendada por órgãos internacionais como a UNESCO, a educação para a Paz torna-se meta de políticas públicas em várias partes do mundo. No Brasil conquistou um espaço relevante, porém, com maior expressão entre as ONG´s do que na academia, onde normalmente o tema recai sob suspeita de uma militância demasiada utópica. Nesse sentido, o presente trabalho se desafia a discutir o tema não como proposição da paz, que sofre um desgaste semântico ao ser associada à noção de falta de atitude, mas a partir da não violência como uma ação a ser assimilada pelo sujeito. Nesse sentido a reflexão procura dialogar com as correntes de pensamento que investigam uma das atividades centrais da educação: o processo de aprendizagem, a fim de buscar um referencial teórico capaz de conceber a não violência como matéria de aprendizagem e princípio orientador de práticas educacionais.