PERCEPÇÃO COMO LUGAR DE CONFUSÃO NA EXPERIÊNCIA SUBJETIVA: LEITURA BERGSONIANA DO MEDIUM ENTRE LEMBRANÇA E MEMÓRIA.

Resumo

O ato de perceber é uma atitude racional, consequentemente uma ação consciente. A percepção não se faz sem a memória, as duas se entrelaçam de tal forma que chegam a se coincidir. Ao se falar de percepção e memória é necessário também falar da lembrança que nada mais é que uma representação do passado sem alteração, sendo ora voluntária ora involuntária. Lembrança e percepção, (assim como memória e percepção) chegam a ser confundidas, sendo que não se sabe onde uma começa e outra termina. Apesar de aparentar uma relação de oposição elas se coincidem. Destarte essa proposta visa esboçar, através de um estudo interpretativo, uma discussão acerca das obras de Henri Bersgosn, Matéria e Memória e Ensaio Sobre os Dados Imediatos da Consciência nas quais a percepção, lembrança e memória são temas de fundamental relevância. O objetivo aqui é conceituar percepção, memória e lembrança, visando compreender a relação que se dá entre as mesmas e o porquê destas chegarem ao ponto de se coincidirem.