O historiador e a mediação em acervos imagéticos: entre a prática e as múltiplas abordagens.

Autores

  • Guilherme Talarico

Resumo

Qual o papel do historiador dentro de projetos de levantamento, identificação, pesquisa, tratamento, acondicionamento, disponibilização e difusão de acervos documentais e imagéticos? A questão parece ser relativa, de acordo com as metodologias e propostas de trabalho e prazos dentro de cada projeto. Mas se mostra também relevante enquanto se debate a profissionalização do Historiador. Como se dá essa mediação dos “saberes”, das “memórias” e das informações contidas em documentos fotográficos? Questões de posicionamento ético, político, de apreso pela verdade histórica devem ser consideradas. Ao longo do desenvolvimento da tese de doutoramento sobre o Acervo do fotógrafo Alois Feichtenberger, do Museu da Imagem e do Som de Goiás, esta questão vem tangenciando nossas investigações. Ao passo que temas centrais dentro do Acervo, como as referências biográficas do fotógrafo, a análise dos seus temas prediletos, a trajetória de seu olhar imigrante para os temas brasileiros entre as décadas de 1920 e 1980, além da própria reflexão sobre o papel de suas imagens para a historiografia goiana e brasileira no período, também a questão da sensibilidade do profissional de História frente a temas mais delicados como “tempo”, “memória”, “saudade”, “lembrança” veem emergindo. O que propomos para este Simpósio Temático é trazer algumas dessas reflexões para o debate, compartilhando algumas experiências vividas ao longo da atuação do Projeto AF e da pesquisa, com a ajuda de alguns referenciais teóricos já incorporados aos nossos estudos como elementos de arquivologia, da museologia e de tecnologia da informação, reflexões benjaminianas sobre a fotografia e as noções de choque e fantasmagoria nela implicadas, além de outras questões.

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Publicado

2017-02-08

Edição

Seção

ST1: Diálogos contemporâneos: História, fotografia e cinema