COMPORTAMENTO INGESTIVO DE BÚFALOS DA RAÇA MURRAH EM PASTAGEM DE BRACHIARIA DECUMBENS CV. BASILISK
Palavras-chave:
Bubalinos. Chafurdar. PastejoResumo
Os búfalos possuem semelhanças no comportamento ingestivo quando comparado aos bovinos, porém apresentam algumas peculiaridades como a necessidade de chafurdar. Durante os períodos quentes do dia, os animais tendem a procurar fontes de água ou lama para se refrescarem e usualmente pastejam apenas nas horas de menor temperatura, objetivando em avaliar atividades comportamentais de búfalos, bem como sua distribuição no período de 12 horas, em pastejo contínuo. O estudo foi realizado em uma propriedade rural no município de Diorama-Goiás do mês de outubro de 2013 a junho de 2014. Assim o trabalho propõe observar a etologia alimentar dos bubalinos através de respostas comportamentais. Para as considerações foram utilizados dez animais, sendo nove fêmeas e um macho, da raça Murrah, observados por dois dias consecutivos, das seis horas da manhã ás dezoito horas do mesmo dia. Os indivíduos estavam sob sistema extensivo de criação em pastos com forrageiras nativas e Brachiaria decumbens cv. Basilisk. As variáveis analisadas foram: tempo pastejando; tempo em pé; tempo deitado; tempo de ruminação; tempo chafurdando; tempo ao sol; tempo á sombra; tempo em ócio; tempo de outras atividades: soma do tempo de outras atividades diferentes das citadas acima. Os picos de pastejos foram no início e final da manhã e no fim da tarde. Para a atividade de pastejo, 66% deste comportamento foi realizado no período da manhã, e a tarde, estes animais destinaram 33% do seu tempo para essa atividade. Os bubalinos permaneceram 72% do tempo em pé no período da manha e 29% à tarde. Ruminando em pé pela manha 68% e 32% a tarde e ruminando deitado pela tarde 75% e apenas 25% pela manhã. Ao sol ruminaram a maior parte pela manhã 55% e a tarde 45%. No período de mais altas temperaturas os animais permaneceram 88% ruminando a sombra para minimizar o estresse pelo calor através do hábito de chafurdar ou buscando sombras naturais das arbóreas nativas do local da observação. Os resultados revelam a necessidade do uso de recursos de proteção contra a radiação solar para búfalos em dias quentes e que, quando disponível, a oferta de água para imersão deve ser priorizada.