EDUCAÇÃO POPULAR NO CAMPO - A PARÁBOLA DO ARROZ E O TIMBETE – RELAÇÕES DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Autores

  • Claudio Tavares Pinheiro
  • Emília Tavares de Assunção

Resumo

Neste estudo, partimos da necessidade de desconstrução da crença do senso comum de que os trabalhadores rurais se limitam apenas em aprender com o processo educativo, em específico de educação popular, junto à população do campo na cidade de Itapuranga-GO nas décadas de 1970 e 1980. Embora haja um sistema oficial que negue esse processo, saberes do homem do campo, por meio das organizações, situações conflituosas, reivindicações, os trabalhadores rurais vão aprendendo e ensinando. Em uma leitura acerca da educação popular, percebemos alguns elementos que nos possibilitam pensar a identidade, persistência e a luta do homem do campo, chamado de sertanejo, por uma vida melhor, mais justa e humana. Assim, corroboramos a tese de que ninguém escapa da educação, defendida por Brandão (1981). É nesse contexto que no processo de educação popular em Itapuranga-GO, no recorte temporal acima citado, a máxima não era somente aprender a ler e a escrever, mas ajudar a refletir a vida cotidiana dos grupos envolvidos no processo educacional. Sem o intuito de ‘santificar’ a Igreja Católica, reconhecemos que ela exerceu um papel considerável em uma pedagogia libertadora no evangelismo dos trabalhadores. Foi pensada uma metodologia adequada ao falar das parábolas bíblicas, por exemplo, os agentes pastorais procuravam buscar no meio dos trabalhadores uma explicação das passagens que fizesse parte do dia a dia e vocabulário daquela comunidade. Não diziam a parábola do joio e o trigo, mas falava-se do arroz e o timbete, pois eram dois elementos conhecidos do mundo desses sujeitos sociais. O estudo é cimentado em discussão bibliográfica e nos possibilita novos olhares acerca desse contexto educacional.

Biografia do Autor

  • Claudio Tavares Pinheiro

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Publicado

2016-12-20

Edição

Seção

Resumo Simples