v. 5 (2015): V EREPPEGO

APRESENTAÇÃO
Os anais foram elaborados como reflexo do EREPPEGO - Encontro Regional de Ensino e Práticas Pedagógicas de Goiás, pelas acadêmicas Vanessa Amélia da Silva Rocha e Patrícia Ferreira de Souza, que em 2015, em sua quinta edição, discutiu sobre a formação acadêmica envolvendo a indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão e suas nuances, como por exemplo, pela didática, prática pedagógica, estágio e atuação docente. Contudo, toda formação acadêmica se inicia com a pesquisa. Nem todas as instituições de ensino superior compreendem que a pesquisa é o sistema nervoso da universidade. Bem como, nem todas que fazem pesquisas adotam a indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão. Algumas aliam apenas a pesquisa ao ensino.
A desmistificação crucial é sobre a separação entre pesquisa e ensino. Eles são indissociáveis. Mas, como diz Demo (2006, p. 12) “Muitos estão dispostos a aceitar universidades que apenas ensinam, como é o caso típico de instituições noturnas, nas quais os alunos comparecem somente para aprender e passar, e os professores, quase todos biscateiros de tempo parcial somente dão aula”.
Consoante a questão da indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão, a Universidade Estadual de Goiás – UEG, vem alicerçando essa tripla função em seus cursos. O conceito de universidade que esta instituição adota é que a todas deveriam adotar – a pesquisa precede o ensino e a extensão. Para tanto é importante que os docentes e discentes tenham o domínio epistemológico do que vem a ser e como se realiza o ensino, a pesquisa e a extensão. Outro ponto de destaque é no tocante a possibilidade de ações interdisciplinares e principalmente que promovam a indissociabilidade entre o ensino, da pesquisa e da extensão.
Paulo Freire é um dos mais importantes educadores do século XX e um dos mais expressivos pensadores do nosso tempo. Contribuiu para o ensino, a pesquisa e a extensão. Contudo, é importante questionar o que vem a ser o ensino, o que vem a ser a pesquisa e o que vem a ser a extensão. No Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI da Universidade Estadual de Goiás (2010, p. 23) “A política básica do ensino de graduação deve-se pautar pela busca da excelência da academia, melhoria das condições do processo de ensino e aprendizagem [...]”.
Dessa forma a oferta de cursos deve levar em conta que “Metodologicamente as prioridades são a dimensão problematizadora, a aprendizagem significativa e a incorporação de novas tecnologias de ensino” (PDI, 2010, p. 23). A defesa que se faz é que o ensino se torna mais eficiente quando os assuntos estudados fazem sentido para o aluno, fazendo com que ele o considere necessário e indispensável para seu futuro. O aluno consegue aprender mais quando o assunto estudado pode ser relacionado com coisas que ele já convive, assim ele saberá onde poderá ser mais bem aplicado, e terá mais curiosidade em saber como funciona, como fazer. Nessa concepção o ensino de qualidade que a Universidade Estadual de Goiás imprime realizar parte de pesquisa.
Nessa linha de pensamento é preciso então conceituar a pesquisa para a Universidade Estadual de Goiás. No Plano de Desenvolvimento Institucional encontra-se uma conceituação para a pesquisa que converge com o que Demo (2005) defende ao dizer que a pesquisa deve preceder o ensino e a extensão.
A política de pesquisa da UEG deverá concentrar-se nas áreas básicas e específicas, segundo o CNPQ, priorizando as demandas sociais, objetivando produzir conhecimento e tecnologia em todos os campos do saber e disseminá-los em padrões elevados de qualidade, atendendo às demandas socioeconômicas locais, regionais e/ou nacionais. (PDI, 2010, p. 25) Luna (2009) afirma que a pesquisa é a procura do novo. É a busca de novos conhecimentos e de confirmações ou negações de teorias. Toda pesquisa exige que seja levantado alguns pontos do assunto a ser pesquisado. São eles: elaboração de um conjunto de perguntas que se deve responder com a pesquisa; levantamento de todas as informações que são fundamentais para se chegar as respostas; levantamento das fontes que serão pesquisadas; determinação das ações que cheguem as informações; seleção de meios que serão, usados para o tratamento das informações; escolha de um desenvolvimento teórico para interpretação delas; elaboração das respostas para as perguntas formadas pelo problema; a exposição dos resultados alcançados com a pesquisa, demonstrando até que ponto os resultados podem ser considerados verdadeiros. Dessa forma para Luna (2009, p. 35) ''Essencialmente, pesquisa visa a produção de conhecimento novo, relevante teórica e socialmente e fidedigno".
Analisando o conceito de pesquisa supracitado é possível inferir que a Universidade Estadual de Goiás prega a indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão. Isso é notado quando se afirma que a produção do conhecimento advindo da pesquisa deve ser disseminado com elevada qualidade. Essa disseminação pode ser feita pelas vias do ensino e também da extensão. Outro fato comprobatório é quando afirma que as pesquisas devem atender às demandas da sociedade. Com um ensino de qualidade, seja ao formar licenciados, bacharéis ou tecnólogos, a Universidade Estadual de Goiás, está disseminando a produção do conhecimento.
Com a mesma intensidade afirma-se que a realização de ações extensionistas é a consolidação da pesquisa, visto que a sociedade será diretamente beneficiada com os resultados da pesquisa. Se uma pesquisa parte de uma problemática deve chegar a uma resposta, mesmo que crie outras tantas problemáticas. Essas respostas precisam chegar a sociedade, seja via ensino ou extensão. De preferência via ensino e extensão, consolidando assim a indissociabilidade pesquisa, ensino e extensão. Seja a pesquisa, o ensino ou a extensão, o mediador dessas atividades é o professor. Dessa forma cabe nesse momento saber quem é o professor. Para Demo (2006, p. 38) é “o pesquisador, o socializador e motivador de novos pesquisadores”. A interpretação desse conceito pode ser de que o professor é aquele que pesquisa, ensina e extensiona seus conhecimentos de forma que motiva novos pesquisadores.
Nessa linha de conceituação infere-se que o professor deve ser um exímio elaborador para auxiliar a elaboração própria do acadêmico. Sobre isso Demo (2006, p. 49) assevera que “somente tem algo a ensinar quem pesquisa”. O autor continua afirmando que “Quem pesquisa tem o que comunicar. Quem não pesquisa apenas reproduz ou apenas escuta. Quem pesquisa é capaz de produzir instrumentos e procedimentos de comunicação” (p. 39). Mas, nas universidades encontra-se muito o “professor-papagaio, que sempre diz a mesma coisa e já sequer sabe o que diz”, como assevera Demo (2006, p. 51).
A Universidade para efetivar a indissociabilidade pesquisa, ensino e extensão na formação acadêmica, elabora seus documentos mediante essa concepção. Um dos documentos é o Projeto Pedagógico dos cursos que devem contemplar essa discussão. Sobre isso o PDI (2010, p. 22) apresenta que “O Projeto pedagógico de cada curso deve ser adequado aos novos parâmetros de aprendizagem e estar de acordo com as DCNs, nos princípios da articulação entre teoria e prática, entre ensino, pesquisa e extensão, da interdisciplinaridade e da flexibilidade curricular”.
Nessa concepção elaboramos o referido evento, contendo palestras, mesas redondas, simpósios temáticos, apresentação de banners e momento cultural. Todas as atividades contemplando a pesquisa, o ensino e a extensão, discutindo suas nuances na formação acadêmica. Um dos objetivos do evento foi refletir sobre a importância da indissociabilidade pesquisa, ensino e extensão e suas nuances na formação do acadêmico. Outro foi discutir como esta formação influencia na atuação do profissional, analisar como a didática, as práticas de ensino e a prática pedagógica interdisciplinar interferem na teoria e prática do estágio, socializar as produções acadêmicas advindas dos projetos de pesquisa, de extensão e de ensino (PIBID, Prática Pedagógica e Estágio), e por fim, compreender o papel da UEG de ser a representante do ensino superior da indissociabilidade.
Os Seminários Temáticos promoveram as discussões de trabalhos realizados por acadêmicos quanto a pesquisa, ensino e extensão realizados nos últimos anos, tanto do Campus Jussara quanto de outros Campus e também de outras instituições de ensino superior. O evento discutiu a formação de professores pela indissociabilidade do tripé universitário, pela didática, práticas de ensino, interdisciplinaridade, estágio, atuação, ou seja, suas nuances. Como forma de demonstrar que a Universidade é o espaço da pesquisa e a partir desta vem o ensino e a extensão, no último dia do evento aconteceu um momento científico com a árvore do conhecimento, na qual foram expostos os livros de autoria dos palestrantes e dos professores da UEG.
Andréa Kochhann
Editora Chefe
1. Andréa Kochhann, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS, Brasil
Equipe Editorial
1. Professor José Elias Pinheiro Neto, UEG-Itapuranga, Brasil
2. Deuzair José da Silva, Brasil
3. Fernanda Rocha Bomfim, Universidade Estadual de Goiás (UEG), Brasil
4. Eduardo Soares de Olliveira, Câmpus de Jussara, Universidade Estadual de Goiás, Brasil
5. Sra Sonia Nogueira Leandra, Brasil
6. Herwig Souza Moraes Herwig de Moraes Souza, UEG, Brasil
7. Helias Assunção Freitas
8. Aline Moreira da Fonseca Nascimento
9. Simone Luz da Silva
10. Ricardo Elias Jreige
11. Renata da Silva Matos
12. Flávia Oliveira Martins Fiúza
13. Anyellen Mendanha Leite
14. Nalha Monteiro de Souza Lourenço Costa
15. Wilson de Sousa Gomes, UEG, Brasil
16. Evandro Rosa de Araújo, UEG, Brasil
17. Senhora Cleonice Maria Cruz Oliveira, Brasil
Colaboradoras
1. Vanessa Amélia da Silva Rocha, Universidade Estadual de Goiás, Brasil
2. Patrícia Ferreira, Brasil
PROGRAMAÇÃO GERAL
► 26/10/2015 – VESPERTINO – Câmpus UEG/Jussara
→ 14:00 – Credenciamento
→ 18:00 – Exposição durante o evento da Livraria Seasons Books
► 26/10/2015 – NOTURNO - Câmara Municipal de Jussara (AUDITÓRIO MANOEL SOARES DE CASTRO)
→ 19:00 – Acolhida
→ 19:15 - Abertura – Prof. Miguel Antônio de Camargo – Diretor do Câmpus Jussara
→ 19:30 – Palestra de abertura “A importância da indissociabilidade pesquisa, ensino e extensão na formação acadêmica”
Dr. Haroldo Reimer – Reitor da UEG
Coordenador Dr. Deuzair José da Silva
→ 20:30 – Debate
→ 21:30 – Momento Cultural
→ 22:30 – Encerramento
► 27/10/2015 – NOTURNO – Câmpus UEG/Jussara
→ 19:00 – 20:00 – Exposição de Banners Temáticos
→ 20:00 – 22:30 – Simpósios Temáticos
ST 01 – DIDÁTICA E PRÁTICA DE ENSINO
ST 02 – ESTÁGIO DO ENSINO FUNDAMENTAL
ST 03 – ESTÁGIO DO ENSINO MÉDIO
ST 04 – ENSINO SUPERIOR E FORMAÇÃO DE PROFESSOR
ST 05 – MÍDIAS E TECNOLOGIA EDUCACIONAL
ST 06 – TÓPICOS DE MATEMÁTICA
ST 07 – TÓPICOS DE HISTÓRIA
ST 08 – TÓPICOS DE LETRAS
► 28/10/2015 – NOTURNO - Câmara Municipal de Jussara (AUDITÓRIO MANOEL SOARES DE CASTRO)
→ 19:00 – Acolhida
→ 19:15 – Abertura
→ 19:30 – Palestra “A prática pedagógica e seus horizontes: a pesquisa, a extensão e a interdisciplinaridade”
Dra. Marlene Barbosa de Freitas Reis – UEG Câmpus Inhumas
→ 20:30 – Palestra “O estágio e o trabalho docente: a dicotomia entre teoria e prática”
Dr. Carlos Cardoso Silva – UFG
Coordenadora Ms. Fernanda Rocha Bomfim
→ 21:30 – Debate
→ 22:30 – Encerramento
► 29/10/2015 - NOTURNO - Câmara Municipal de Jussara (AUDITÓRIO MANOEL SOARES DE CASTRO)
→ 19:00 – Acolhida
→ 19:15 – Abertura
→ 19:30 – Mesa Redonda “Didática e prática de ensino: suas nuances na formação de professores”
Ma. Andréa Kochhann – UEG
Dra. Sandra Limonta – UFG
Coordenadora: Esp. Renata Herwig
→ 21:30 – Debate
→ 22:30 – Encerramento
► 30/10/2015 – NOTURNO - Câmara Municipal de Jussara (AUDITÓRIO MANOEL SOARES DE CASTRO)
→ 19:00 – Acolhida
→ 19:15 – Abertura
→ 19:30 – Palestra “Desafios da docência na Educação Básica”
Dr. Cristiano Alexandre dos Reis – UEG Câmpus Goiás
Coordenadora: Ma. Andréa Kochhann
→ 20:30 – Debate
→ 21:30 – Momento Científico – Exposição dos livros dos palestrantes e docentes da Instituição
→ 22:30 – Encerramento