O estudo busca discutir no atual contexto socioeconômico a formação do profissional em saúde, em especifico de farmácia. Nesse sentido objetiva identificar alguns desafios enfrentados no curso de farmácia a partir da proposta de formação para a atuação profissional na farmácia comunitária. A questão é se com a mercantilização do medicamento como mercadoria e não como resgate de saúde, esse profissional perde o valor de seu trabalho e a formação do profissional se volta para as forças do mercado? A metodologia utilizada neste estudo é a da pesquisa bibliográfica, de caráter qualitativo e descritivo, a partir da revisão de literatura e o referencial compõe de estudiosos da área como, Votta (1965); Santos (1999), e o documento das Diretrizes Curriculares Nacionais que tem como objetivo analisar e interpretar o currículo do curso de farmácia e ainda as obras que retratam a história da formação profissional do farmacêutico. Diante disso, o estudo se propõe a repensar inicialmente a sua história profissional, as mudanças que foram feitas ao longo do tempo no seu currículo, na perda de sua identidade dentro da farmácia e então, a partir deste referencial teórico, compreender todo esse processo e o perfil do profissional do medicamento a ser formado. Conclui-se a atuação deste profissional na farmácia comunitária deve-se em grande parte ao ensino e formação deste profissional nas instituições de ensino superior. Para que a profissão farmacêutica retome o reconhecimento que merece, é necessário que o profissional se faça presente e que modifique a sua atuação diante da comunidade, mas, sem uma qualificação adequada, sem um perfil crítico, não poderá desenvolver ações que são próprias da sua profissão.
Biografia do Autor
Yara Fonseca de Oliveira e Silva, UEG
Pedagoga, especialista em Avaliação Institucional, mestre em Educação, doutoranda em Políticas Públicas, Estratégia e Desenvolvimento (UEG/UFRJ).