CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS – DOS CONTOS DE FADAS AO STORYTELLING: PEGADAS REFLEXIVAS DA ARTE MILENAR QUE CAUSA ENCANTAMENTO EM DIFERENTES AMBIENTES

Resumo

Era uma vez uma voz que sempre dizia: “Era uma vez...” Ao evocar/tecer os fios da narrativa, a voz do contador de histórias ressoa e encanta quem ouve seus contos. Esse fascínio narrativo, causado, muitas vezes, pelas palavras evocadas, que despertam lembranças, reavivam memórias, faz parte do nosso trabalho, que tem por objetivo investigar como uma prática tão antiga continua seduzindo não só o público infantil, mas também jovens, adultos e idosos em diferentes ambientes. Nossa pesquisa está dividida, assim, em quatro partes. Na primeira, intitulada “No princípio era o verbo”, discorreremos sobre o ser humano e sua necessidade de narrar, posto que é constituído por histórias: a história sobre outros povos, sobre seus antepassados, sobre seus costumes, sobre seus valores, sobre si mesmo. Na segunda, “Era uma vez uma voz”, abordaremos a voz primordial dos contadores, que narravam as histórias passadas in illo tempore, bem como a voz dos recolhedores desse caudal de narrativas, como o escritor francês Charles Perrault, os autores alemães Jacob e Wilhelm Grimm – mais conhecidos como Irmãos Grimm –, o dinamarquês Hans Christian Andersen, e dos autores brasileiros, Ilan Brenman e Marina Colasanti. Na terceira, “Storytelling: a arte de contar histórias em ambientes organizacionais”, evidenciaremos que o Storytelling pode ser utilizado como um recurso estratégico comunicacional construindo narrativas no contexto das organizações. Finalmente, na quarta e última parte, apresentaremos os resultados de pesquisas realizadas nos âmbitos educacional e corporativo, a fim constatar o fascínio suscitado pela contação de histórias. Acreditamos que nosso estudo será de significativa contribuição para futuros estudos realizados nessa área de conhecimento. Além do ineditismo do trabalho, nunca antes proposto como objeto de estudo na UEG – Câmpus Pires do Rio, e a atualidade do assunto, antes restrito à educação, ressaltamos que tal tema igualmente tem ganhado destaque em estudos de tendências corporativas.