O PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS PERSONAGENS FEMININAS EM ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS, DE LEWIS CARROLL; A BOLSA AMARELA, DE LYGIA BOJUNGA E ANA Z., AONDE VAI VOCÊ, DE MARINA COLASANTI
Resumo
Vamos abordar, nesta comunicação, as obras Alice no país das maravilhas, de Lewis Carrol; A bolsa amarela, de Lygia Bojunga e Ana Z. Aonde vai você?, de Marina Colasanti, apontando que em seus enredos são apresentadas experiências que contribuem para a formação das protagonistas Alice, Raquel e Ana Z. Retomamos as experiências dessas protagonistas para, a partir dessa temática, em nossa pesquisa, evidenciar o processo formativo das personagens femininas em tais obras. Para tanto, nosso objetivo consiste em observar nos textos citados os ritos iniciáticos e a contribuição destes para a trans-formação das personagens. Além disso, para discutirmos sobre esses ritos iniciáticos e a trans-formação pelas quais as personagens passam, salientamos alguns aspectos do Bildungsroman. Traduzido como “Romance de Formação”, “Romance de aprendizagem” ou “Romance de desenvolvimento”, o Bildungsroman apresenta o processo de educação de um jovem, retratando as diversas provas e obstáculos que ele precisa vencer, a fim de que, ao final de sua trajetória, encontre a harmonia entre o seu eu e o mundo em que vive. Tendo esses aspectos em vista, procuramos demonstrar, igualmente, que as obras de Lewis Carrol, Lygia Bojunga e Marina Colasanti, ao apresentarem o desenvolvimento das personagens femininas, trazem à tona uma espécie de subversão ao Bildungsroman tradicional, posto que este retrate a formação de uma personagem masculina. Para as discussões a respeito da literatura infantil e juvenil inglesa e brasileira, fundamentam nosso trabalho: Abramovich (1997); Cavalcanti (2004); Coelho (2000); e Silva (2003, 2009). No que tange aos ritos iniciáticos e ao bildungsroman, servem-nos de apoio teórico os estudos realizados por Eliade (1992; 2002); Maas (2000); Mendes (2000); Paz (1995) e Pinto (1990). Concernente às análises sobre o processo formativo das personagens femininas, nos respaldamos nas pesquisas realizadas por: Carrijo (2003; 2007; 2013); Colasanti (2004); Franca, Souza, Dias e Farias (2009); Ramalho (2001).Downloads
Publicado
2018-10-13
Edição
Seção
GT 3 (2015) - Literatura, Artes e Mídias