CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS COMO RESSIFNIFICAÇÂO DE LEITURAS DE MUNDO EM UMA ASSOCIAÇÃO DE IDOSOS

Autores

  • Joana Dark Leite UEG
  • Marcio Penna Corte Real UEG

Resumo

A proposta deste estudo visa refletir acerca da contação de histórias como ressignificação de leituras de mudo. Essas reflexões estão sendo realizadas em uma Associação de Idosos onde surgiu um questionamento : a contação de histórias com os idosos da Associação poderá ser um instrumento de transmissão de conhecimentos sócio-histórico-culturais, por conseguinte de ressignificação de leituras de mundo? São esses conhecimentos, práticas culturais e sociais e a possibilidade de ressignificação dos mesmos que a pesquisa busca examinar. Por isso, o objetivo geral é compreender a contação de histórias como uma forma de análises das práticas sócio-histórico-culturais vivenciadas por idosos membros da Associação, dialogando com as performances da narrativa e a memória dos contadores idosos. A contação de histórias é uma prática cultural da oralidade usada pela humanidade em todas as épocas como retransmissora de experiências sociais, culturais e históricas. O fato de atuar como retransmissora de experiências a contação de história proporciona momentos onde valores históricos, culturais e sociais são narrados. Dessa forma, os idosos estarão se “integrando ao seu contexto, resultante de estar não apenas nele, mas com ele” (FREIRE, 1996). O desenvolvimento da pesquisa acontece por meio de “círculos de cultura” (FREIRE, 1996) onde se prioriza o diálogo por meio das leituras de mundo. O “círculo de cultura de contação de histórias” inicia com uma contação de histórias, contada pela pesquisadora contadora de histórias. As histórias contadas pela pesquisadora são os temas geradores de outras histórias. Assim, a investigação-ação se faz presente para auxiliar na interpretação da “própria prática por meio de situações reais concretas” (GRABAUSKA e BASTOS, 1998). A pesquisa tem mostrado que os idosos estão “reconhecendo a si próprios como criadores de culturas” (Freire, 1996). Uma vez que ao contar uma história vivida, o participante traz consigo uma vivência sócio-histórico-cultural.

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Publicado

2018-10-13

Edição

Seção

GT 3 (2015) - Literatura, Artes e Mídias