EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE: A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS EM CONTEXTO PRISIONAL

Resumo

O estudo em questão traz como tema a Educação de Jovens e Adultos em privação de liberdade, com enfoque para a Unidade Prisional de Goianésia-GO (UPG). Especificamente este projeto quer saber se as práticas educativas utilizadas estão coerentes com uma proposta de educação emancipadora capaz de promover a autonomia e inclusão de pessoas que estão à margem da sociedade. Refletir sobre a Educação de Jovens e Adultos sob custódia, torna-se importante por exigir uma perspectiva diferenciada, de uma educação voltada não mais para a marginalização e exclusão, como se tem percebido ao longo da história, mas uma educação que promova a inclusão e trabalhe com a diversidade. Para Onofre (2012) é imprescindível identificar a diversidade dos sujeitos aprisionados para que o trabalho na prisão adquira um sentido político. Entretanto, são muitos os empecilhos da educação prisional, tendo em vista, que de acordo com Foucault (1987) a forma de funcionamento da prisão, totalmente disciplinadora, acaba fabricando mais delinquentes. Assim, embora sejam inúmeras as dificuldades, segundo Arroyo (2005) a Educação de Jovens e Adultos, em qualquer contexto deve ser entendida no campo do direito. O tipo de pesquisa utilizada para o desenvolvimento do estudo é de natureza qualitativa. A abordagem é estudo de caso com elementos do tipo etnográfico, de acordo com os conceitos de Lüdke e André (1986), Bortoni-Ricardo (2008). Enfim, esse trabalho analisa as fragilidades e as potencialidades da educação oferecida no presídio de Goianésia, a partir da reflexão sobre o papel da educação e do sistema prisional e conhecendo as práticas educativas adotadas.