AS PERSONAGENS FEMININAS NOS CONTOS “ENTRE A ESPADA E A ROSA”, DE MARINA COLASANTI, E “A PRINCESA COM ROUPA DE COURO”, DE ANGELA CARTER

Autores

  • Theusley Magalhães dos Santos UEG
  • Edilson Alves de Souza UEG
  • Vanessa Gomes Franca UEG

Resumo

Na comunicação que ora propomos, pretendemos evidenciar como são representadas as personagens femininas nos contos “Entre a espada e a rosa”, de Marina Colasanti, e “A princesa com a roupa de couro”, de Angela Carter. As referidas autoras foram selecionadas, visto que ambas subvertem as narrativas feéricas tradicionais. A escritora brasileira Marina Colasanti publicou seu primeiro livro de contos de fadas, Uma ideia toda azul, em 1979. Com tal obra, a autora reintroduziu na literatura infantil e juvenil brasileira toda população feérica dos contos tradicionais. Apesar disso, notamos que nas narrativas colasantianas, muitas vezes, não há a fórmula de fechamento: E viveram felizes para sempre. Ademais, suas personagens femininas, ao contrário do que é apresentado em alguns contos tradicionais – como, por exemplo, em “Branca de Neve” e “A Bela Adormecida” –, não são passivas, não precisam de príncipes para ter um final feliz. Elas, ninfas, princesas, guerreiras, fadas, camponesas, bordadeiras, fiandeiras, são tecelãs de seus destinos. Do mesmo modo, a escritora inglesa Angela Carter retrata em seus livros personagens femininas independentes, desejosas pela satisfação do prazer, verdadeiras Moiras de suas vidas. Consoante percebemos, Colasanti e Carter apresentam em seus textos personagem femininas que destecem a imagem da mulher submissa, que foi difundida pela sociedade patriarcal. Nossa pesquisa está organizada em três capítulos. No primeiro, discorremos a respeito das narrativas feéricas. Para tanto, utilizaremos os estudos desenvolvidos por: Abramovich (1997); Coelho (1998); Merege (2010) e Silva (2009). No segundo, apontaremos como são descritas algumas personagens femininas dos contos tradicionais. Apoiaremos nossas reflexões nos teóricos: Bettelheim (2007); Corso e Corso (2006); Khéde (1986) e Mendes (2000). No terceiro, analisaremos os contos selecionados. Basearemos nossas análises nas pesquisas realizadas por: Andrade e Franca (2010); Carrijo (2003); Colasanti (2004); Franca, Souza, Dias e Farias (2009); Oliveira e Franca (2009); Rapucci (1997) e Ribeiro (2003).

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Publicado

2018-10-13

Edição

Seção

GT 4 (2015) - Multiculturalismo e Diversidade 12 trabalhos