PRÁTICAS CONTEXTUALIZADAS REINANTES, MODELOS TRADICIONAIS DISTANTES: O LETRAMENTO CRÍTICO NA SALA DE AULA DE LÍNGUA INGLESA NA ESCOLA PÚBLICA

Resumo

Este estudo, que tem como tema a sala de aula de Língua Inglesa no ensino fundamental da escola pública, faz parte das ações de pesquisa empreendidas durante o meu mestrado. A proposta que se instaurou, apoiada em perspectivas críticas de educação linguística, investigou como os/as participantes reagiam às atividades críticas com temas sociais. O intuito maior era o de promover uma movimentação de sentidos em relação a concepções prévias e cristalizadas dos/as educandos/as. Filiando-se a essa compreensão, um dos aportes teóricos que ampara este estudo repousa no pós-modernismo (SILVA, 2014), movimento intelectual que marca a nova época histórica da pós-modernidade, mostrando-nos que a estabilização dos conceitos é fruto da historicidade. Outras teorizações abraçadas dizem respeito ao discurso curricular pós-crítico (PARAÍSO, 2004; SILVA, 2014) e ao letramento crítico (MENEZES de SOUZA, 2011; ZACCHI, 2014). Nesse recorte serão mostradas algumas atividades desenvolvidas pelos/as participantes da pesquisa – alunos/as do 6º ano do ensino fundamental – corroborando a importância de práticas contextualizadas que levem em conta atores/atrizes e o local onde o ensino-aprendizagem acontece (ZACCHI, 2014). Nesse sentido, é possível afastar a neutralidade das práticas de letramento, bem como modelos tradicionais de ensino, onde o local/global seja algo preestabelecido. Esta proposta configura-se como um estudo de caso de natureza etnográfico-crítica e os dados gerados sinalizam de forma positiva quanto à implementação do ensino crítico em séries iniciais do ensino fundamental. Palavras-chave: Ensino de Inglês. Escola pública. Letramento crítico.