DAS VANGUARDAS AO HIPER-REALISMO CONTEMPORÂNEO

OS (DES)CAMINHOS DA PINTURA

Autores

  • Maurício Gabriel Santos
  • Débora Cristina Santos e Silva Universidade Estadual de Goiás

Resumo

Esse trabalho, de natureza bibliográfica e interpretativista, busca investigar o hiper-realismo contemporâneo como herdeiro e contraponto das estéticas vanguardistas, uma vez que essas passaram por sucessivas crises na representação do mundo devido à invenção da fotografia e das mídias moventes, como o cinema. Considerando que essas tecnologias apresentavam o mundo com exatidão, as artes plásticas se reconfiguraram para representar o que as lentes mecânicas não podiam apreender. A cultura, fortemente ligada à produção de imagens subsequentes e de objetos de consumo cada vez mais acessíveis e substituíveis, será absorvida e contestada pelas artes num movimento negativo e crítico das relações humanas. As artes se moveram conjuntamente com uma sociedade acelerada para espaços e valorização de imagens e objetos igualmente perecíveis. Essas expressões deflagraram muito mais que uma sociedade em mudança, mas questionaram o sistema imagético e o culto do artefato, que utilizaram, para compor. Dessa maneira, a pintura moderna deixa o figurativo para decompor a imagem em sua tonalidade, movimento, contorno e configurar uma expressão livre do mimético. Tais rupturas, no entanto, têm cedido espaço entre artistas hiper-realistas contemporâneos que objetivam o deslinde do real, esse se mostra focal e minimizado, para contemplar o homem em sua intimidade. Palavras-chave: Hiper-realismo. Pintura. Contemporaneidade.

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Publicado

2019-01-30

Edição

Seção

GT 3 (2017) - Estudos pós-coloniais e pedagogia cultural: narrativas autobiográficas na perspectiva interdisciplinar