A Crítica, os Mundos Secundários e a Transitoriedade do Gênero Literatura Juvenil
Resumo
A literatura formalizou os chamados “mundos secundários”, locais criados pela imaginação humana para abrigar histórias, mitologias e personagens que, muitas vezes, não têm espaço neste mundo real, histórico. A crítica literária, a quem cabe, de forma geral, classificar os gêneros, convencionou a tratar esses “mundos” como típicos das literaturas infantil e juvenil. Contudo, a complexidade de alguns torna difícil o entendimento de que são próprios à imaturidade característica de crianças e adolescentes, o que acaba criando uma ambiguidade no gênero: é para jovens ou para adultos? A partir dessas considerações, o que se objetiva com este trabalho é entender, à luz de teóricos como Jacques Derrida, Mircea Eliade e Maria Zaira Turchi, como a relação entre mundos secundários e a crítica forma a compreensão de que a literatura juvenil pode ser considerada um gênero em transição.