INCLUSÃO E PRÁTICA DOCENTE NO ENSINO SUPERIOR

Resumo

Este artigo apresenta reflexões sobre a inclusão e a prática docente no ensino superior, e tem como principal objetivo analisar o Atendimento Educacional Especializado (AEE) neste nível de ensino. Para realização desta pesquisa foram feitos levantamentos teóricos com autores como Almeida (2002); Mantoan (2006); Reis (2006, 2013); entre outros, e entrevista com um aluno com necessidades educacionais especiais, egresso do Curso de Letras da Universidade Estadual de Goiás (UEG) Câmpus Inhumas. Para melhor compreensão o trabalho inicia-se abordando as perspectivas da inclusão no ensino superior, também analisa algumas políticas públicas que norteiam o AEE, pontuando avanços após a década de 90. Por fim, analisa-se a entrevista realizada, em busca de subsídios que responda a problemática do artigo, que investiga se os alunos com necessidades educacionais especiais que ingressam no ensino superior, além do acesso, tem a permanência e a possibilidade de formação continuada. A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, evidencia que a transversalidade da educação especial no ensino superior deve ocorrer por meio de ações que desencadeiem o acesso, a permanência e a participação dos alunos. É notório que o sistema educacional, a partir da década de 90, está legalmente amparado no discurso inclusivo, no entanto, apesar da importância dos instrumentos legais, estes por si só não garantem práticas inclusivas na educação, pois há uma dissociabilidade das proposições teóricas e legais. Os resultados apontam que, a proposta de um sistema educacional inclusivo, deverá ser percebida enquanto processo de reflexão e prática, que possibilita efetivar mudanças conceituais, político e pedagógicas, coerentes com o propósito de tornar efetivo o direito de todos à educação, conforme é preconizado pela Constituição Federal de 1988.