Internet, pra que te quero: O PROFESSOR EM FORMAÇÃO COMO SUJEITO APRENDENTE NA CIBERCULTURA
Resumo
A cibercultura (LÉVY, 1999) emerge de maneira mais consistente a partir da década de 1990, quando a Internet tem sua expansão, trazendo ao debate as questões inerentes à sociedade em rede (CASTELLS, 2009). Desde então, gerações de estudantes chegam às escolas com vivências de imersão no ciberespaço crescentemente significativas e encontram profissionais que demonstram, em sua maioria, não ter intimidade com os recursos oferecidos pelos computadores, pelos celulares e pela Internet. Surgem demandas do corpo discente que muitas vezes não são atendidas pelos docentes em exercício, havendo um distanciamento entre os sujeitos envolvidos nos processos de ensino-aprendizagem. Rojo (2012) aponta para a proposta dos multiletramentos, envolvendo suportes, linguagens e aspectos culturais múltiplos e que se interconectam na contemporaneidade. Este trabalho tem como objetivo verificar como os futuros professores lidam com as novas tecnologias da comunicação e informação (as TIC) em seu cotidiano e se há alguma contribuição dessas experiências para sua formação docente e cultural. O questionamento levantado é: Quais são as iniciativas do professor em formação, como futuro profissional docente, no sentido de buscar sua qualificação continuada, usufruindo dos recursos do ciberespaço? Como metodologia, propõe-se a aplicação de instrumentos de diagnóstico para traçar o perfil dos acadêmicos de licenciatura, a realização de grupos focais e a aplicação de webquests entre os graduandos dos cursos de Letras e Pedagogia da UEG (UnUCSEH) e do Centro Universitário de Anápolis (UniEVANGÉLICA). Os dados levantados serão interpretados, e apresentados posteriormente, partir da análise de conteúdo, empregando categorizações imanentes dos discursos dos professores em formação e das atividades por eles realizadas. Acredita-se que verificar a percepção e os usos que futuros docentes fazem das TIC hoje é essencial para que compreendamos como as alterações decorrentes das inovações tecnológicas refletem na qualificação dos professores que atuarão em sala de aula, nas próximas décadas.