COMO SEREI QUANDO FOR PROFESSORA: A CONSTITUIÇÃO DO “SUJEITO DOCENTE” NA REVISTA OSTE

Autores

  • Jael Flávia de Paiva Araújo
  • Silvair Félix dos Santos

Palavras-chave:

Análise do Discurso. Identidade Docente. Revista Oeste.

Resumo

A Revista Oeste Mensal é um periódico que percorreu o Estado de Goiás de junho de 1942 até 1945. Neste contexto, em que estava em vigor o governo ditatorial de Getúlio Vargas, conhecido popularmente como Estado Novo, a Revista Oeste serviu como a imprensa oficial do Estado e foi fiscalizada pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). Vários foram os temas tratados em suas páginas, como política, economia, educação, assistencialismo, educação e, principalmente literatura. Entre os intelectuais que colaboraram para a revista destacam-se: Bernardo Élis, que considera a Revista Oeste como o batismo cultural de Goiânia/GO, os irmãos Hugo de Carvalho Ramos e Vitor de Carvalho Ramos, o professor José Bernardo Félix de Sousa, e as escritoras Nelly Alves de Almeida e Marilda Palínia, pseudônimo de Maria Paula Fleury de Godoy, entre outros. Este artigo propõe entender, por meio da Análise do Discurso (AD) foucaultiana, a construção da identidade do sujeito docente na Revista Oeste, analisando primeiramente as tendências educacionais do período por meio de artigos escritos pelas professoras Florací Artiaga Mendes e Amália Hermano Teixeira e, em seguida, dois textos com o mesmo título, Como Serei Quando for Professora, escritos por Nair de Barros Amorim e de Inez Godinho, duas estudantes que desejam se tornarem professoras, e que convivem com uma série de medos e de crenças sobre a realidade do ambiente escolar. A partir desta análise poderemos ter maiores informações sobre o modelo educacional da década de 1940 e a sobre a maneira que a profissão docente é idealizada no período.

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Publicado

2016-11-07