GRAMÁTICA, CONTEXTO E INTERAÇÃO: PONDERAÇÕES SOBRE USO E COLOCAÇÃO PRONOMINAL NA ESCOLA
Palavras-chave:
Gramática. Abordagem interacionista. Extensão universitária. Centro de descrição e análise linguística. Pedagogia histórico-crítica.Resumo
O objetivo deste texto é o de apresentar os resultados e as reflexões advindas da realização do projeto de extensão “Centro de Descrição e Análise Linguística”, o qual se estabelece na cidade de Quirinópolis desde março de 2024. Assim, a partir das reflexões sobre gramática e uso da língua portuguesa, explicitaremos nesse texto como se deu a produção de um plano de trabalho docente sobre “colocação pronominal” e a sua aplicação para uma turma de 9º ano de uma escola pública da cidade. Logo, mobilizamos para a fundamentação da nossa proposta e para a análise da sua aplicação, os estudos de Antunes (2007 e 2014), Gasparin (2012), Perini (2006), Possenti (1996) e vários outros estudiosos, os quais foram fundamentais para a concretização da nossa iniciativa. O desafio de se ensinar língua portuguesa em um país que foi colonizado, como o Brasil, mostra-se evidenciado na relação entre a manifestação oral do idioma e a forma como se prenuncia como deve ser a sua escrita, principalmente na escola. Para tanto, notamos que a aplicação do minicurso contribuiu com o desenvolvimento do letramento crítico, gramatical e comunicacional dos estudantes, que passaram a refletir sobre colocação pronominal de forma crítica. Ademais, podemos dizer que a interação dialógica mostrou-se como um princípio fundamental no estabelecimento de um olhar crítico sobre a língua portuguesa, e de apreensão do conteúdo gramatical selecionado, pois nos possibilitou dimensionar que uma abordagem interacionista e contextualizada de ensino, voltada para a realidade local dos estudantes, faz com que estes utilizem os conhecimentos linguísticos adquiridos de forma coerente e nos variados contextos de comunicação.