Ensino de Química e surdez no contexto de uma disciplina: Intérprete e Codocência
Resumo
Desde o ano de 2015, tenho realizado pesquisa no âmbito da Educação de Surdos e da Educação e Ensino de Química. Nesse sentido, foi oferecida, no início do segundo semestre de 2017, uma disciplina, de núcleo livre, intitulada de Intérprete e Codocência. Além de estudantes regularmente matriculados no Câmpus, a disciplina foi aberta para a comunidade conferindo em um caráter extensionista e, também, ofertada aos professores de Química e Tradutor e Intérprete de Língua de Sinais (TILS) da Educação Básica. Todas as atividades decorrentes do oferecimento da disciplina foram gravadas em vídeo e, entre outros registros, gerados dados utilizando questionários e enquetes. As atividades, também, foram precedidas de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, garantindo anonimato aos participantes. O foco, aqui, recai sobre a interdependência docente/TILS, o que inclui a carência de TILS com formação específica em Química. No que se refere ao papel dos TILS, há diferenças na atuação desses profissionais. O presente trabalho tem investigado, no âmbito daquela disciplina, a modalidade de serviço codocência. Entre outros objetivos específicos, investigar o impacto dessa disciplina no âmbito do curso de licenciatura e no âmbito escolar. Os resultados apontam para incorporação da referida disciplina nas matrizes curriculares dos cursos de licenciatura, não apenas os de Química, porque a codocência tem se mostrado como a modalidade de serviço mais adequada às salas de aula inclusivas, e confere possibilidades para solução das dificuldades e dos obstáculos enfrentados no processo de ensino-aprendizagem de estudantes Surdos, mais especificamente no ensino de Química.
