A produção in vitro de embriões bovinos no Brasil

Autores

  • Jaqueline Ferreira Daniel Santos Universidade Estadual de Goiás http://orcid.org/0000-0003-1004-523X
  • Klayto José Gonçalves dos Santos Universidade Estadual de Goiás
  • Camila da Silva Castro Universidade Estadual de Goiás
  • Patrícia Fernanda Peixer Universidade Estadual de Goiás
  • Beatriz Barbosa Coutinho Universidade Estadual de Goiás
  • Carolina Carvalho Pereira Universidade Estadual de Goiás
  • Paula Cristina Silva Ferreira Universidade Estadual de Goiás
  • Esther Batista Maciel Universidade Estadual de Goiás
  • Lourrany Eduardo Souza Universidade Estadual de Goiás
  • Lanna Maryana Costa Pereira Universidade Estadual de Goiás

Resumo

A bovinocultura brasileira ocupa um papel de destaque no cenário mundial graças a pesquisas que contemplam o aperfeiçoamento das biotecnologias reprodutivas como a inseminação artificial, a transferência de embriões e a produção in vitro de embriões (PIVE). A PIVE biotécnica aplicada à reprodução animal destinada ao melhoramento genético, à sanidade animal, aos eventos biológicos de desenvolvimento embrionário inicial e ao aumento da eficiência produtiva dos rebanhos. Composta pelas etapas de coleta, maturação in vitro (MIV), fertilização in vitro (FIV), cultivo in vitro (CIV) e transferência de embriões (TE), processos utilizados no Brasil desde 1990 que devido ao seu grande potencial e rapidez para a multiplicação de descendentes alavancaram a multiplicação de animais geneticamente superiores, a clonagem e a produção de animais transgênicos. Várias pesquisas veem sendo desenvolvidas para o aperfeiçoamento da PIVE, como o estudo da função, o desenvolvimento e metabolismo de gametas e embriões, a utilização da ultrassonografia, o desenvolvimento de fármacos seguros e efetivos, o desenvolvimento de meios de cultivo, considerado como fator limitante do sucesso da técnica. O Brasil é uma referência mundial na área da reprodução animal, pelos grandes avanços e a vasta aplicação da PIVE, ocupando o 1º lugar na produção in vitro de embriões do mundo em 2011 e se mantendo até hoje na primeira colocação. Em 2016 dos 600 mil embriões produzidos no mundo 450 mil foram no Brasil. Apesar do grande potencial a PIVE apresenta fatores limitantes como a baixa taxa de embriões que atingem o estádio transferível (mórula e blastocisto), as anormalidades fetais e neonatais, o baixo índice de desenvolvimento embrionário após o processo de criopreservação, e a alta produção de embriões machos superando 50%. A separação dos espermatozóides portadores do cromossomo X (fêmea) dos portadores do cromossomo Y (macho) e a sexagem de embriões pré-implantados através de técnicas de biologia molecular, vem sendo usadas na tentativa de selecionar o sexo dos produtos da FIV. A sexagem de espermatozóides bovinos vem sendo aperfeiçoada, os desenvolvimentos recentes e as melhorias na técnica de citometria de fluxo tornaram essa tecnologia de aplicação comercial, permitindo a seleção do sexo de interesse. Na PIVE tem-se a previsão do produto nascido através das características genéticas do pai e da mãe são conhecidas, dessa forma o produto oferecido é eficiente e produtivo, atendendo os mais exigentes plantéis. O progresso ocorrido com a PIVE no Brasil nos últimos 40 anos causou um grande impacto econômico, demonstrado pela eficiência e produtos dessa biotécnica. 

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Publicado

2017-09-19