Prevenção, controle e tratamento das mastites bovinas

Autores

  • Jackson Rocklley Gomes da Silva Universidade Estadual de Goiás Campus São Luís de Montes Belos
  • Rodrigo Balduino Soares Neves
  • Thais Marques de Santana
  • José Divino Antunes Júnior
  • Miriãn Gonçalves de Oliveira
  • Isadora David Tavares de Moraes
  • Alecsandro Marcelo Gomes de Souza
  • Raiany Soares de Paula

Palavras-chave:

agente etiológico, bovinocultura leiteira, doença, ordenha

Resumo

A Bovinocultura de Leite é uma atividade bastante explorada mundialmente, devendo-se visar sempre os aspectos de qualidade, para a obtenção de produtos com boa aceitabilidade comercial. No Brasil, a produção gera anualmente cerca de US$ 10 bilhões, através de mão de obra que emprega mais de três milhões de pessoas. A alta demanda por consumo de produtos lácteos resultou em aumento significativo da produção de leite. Entretanto, com os avanços na atividade, também surgiram alguns fatores que podem comprometer a qualidade e a lucratividade e dentre eles destaca-se a mastite. Objetivou-se por meio deste trabalho discorrer sobre a prevenção, controle e tratamento da mastite nos sistemas de criação. A mastite bovina é uma inflamação da glândula mamária, causada por diferentes microrganismos, traumas ou lesões, sendo responsável por grandes detrimentos na produção. Existem variadas formas de manifestação da doença, de maneira que as principais são a mastite clínica e a subclínica. A mastite clínica é caracterizada por sinais visíveis, como a aparição de grumos identificados pelo teste da caneca, vermelhidão no úbere, lesões, dentre entre outros sintomas, podendo levar o animal a óbito. Já a mastite subclínica, caracteriza-se por sinais não visíveis, sendo diagnosticada pelo “California Mastitis Test" (CMT) e exames laboratoriais que detectam o elevado número na contagem de células somáticas (CCS) do leite, compreende-se como padrão aceitável no máximo 200.000 CCS/ml. A prevenção caracteriza-se pela adoção de boas práticas agropecuárias aliadas à rotina de ordenha, com a adoção de medidas como: tempo de espera inferior à uma hora, boa higiene do ordenhador, utilização de pré e pós dipping, boa higienização da ordenhadeira e utensílios e fornecimento de alimento após a ordenha, visando o bem-estar animal. Essas medidas preventivas podem ser adotas como estratégias, buscando minimizar o desenvolvimento desta doença em um rebanho. Em casos de animais infectados, devem ser realizadas análises microbiológicas para a identificação do agente causador e imediatamente inicia-se a terapia específica de acordo com o agente etiológico. Em caso de animais contaminados por Staphylococcus aureus, o tratamento será viável apenas para animais que estiverem ao final da lactação. Já para casos de Streptococcus agalactiae o tratamento pode ser iniciado imediatamente quando a quantidade de animais infectados exceder 25 % do rebanho, devido ao alto grau de risco que este microrganismo tem em se multiplicar dentro de um plantel. Desta forma, vale ressaltar a importância de um bom planejamento e rigor em relação às práticas aplicadas na pecuária leiteira, visando minimizar os prejuízos e aumentar a lucratividade.

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Publicado

2017-10-20